ATA DA SEXAGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 09-7-2012.
Aos nove dias do mês de julho do ano de dois mil e doze,
reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal
de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda
chamada, respondida pelos vereadores Carlos
Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Fernanda Melchionna, Haroldo de
Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, José Freitas, Kevin Krieger, Pedro
Ruas, Professor Garcia, Sofia Cavedon e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, a
senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram os vereadores Adeli Sell,
Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Elias
Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Idenir Cecchim, João Carlos
Nedel, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro,
Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Sebastião Melo, Tarciso
Flecha Negra e Waldir Canal. À
MESA, foi encaminhado o Projeto de Resolução nº 018/12 (Processo nº 1032/12),
de autoria do vereador Newton Braga Rosa. Também, foi apregoado o Memorando nº
034/12, de autoria da vereadora Sofia Cavedon, deferido pelo senhor Presidente,
solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, no dia
seis de julho do corrente, na 1ª Reunião do Comitê Gestor do RS Mais Igual, às
oito horas e trinta minutos, no Salão Alberto Pasqualini do Palácio Piratini,
em Porto Alegre. Durante a Sessão, foram aprovadas as Atas da Quinquagésima
Quinta, Quinquagésima Sexta, Quinquagésima Sétima, Quinquagésima Oitava,
Quinquagésima Nona, Sexagésima, Sexagésima Primeira e Sexagésima Segunda
Sessões Ordinárias, da Décima, Décima Primeira, Décima Segunda e Décima
Terceira Sessões Extraordinárias e da Décima Segunda, Decima Terceira e Décima
Quarta Sessões Solenes. A seguir, a senhora Presidenta concedeu a palavra, em
TRIBUNA POPULAR, ao senhor Vinícius Gentil dos Santos Cáurio, Presidente do
Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão do Estado do Rio
Grande do Sul, que discorreu sobre o fechamento do Centro Cenotécnico e
desapropriação desse espaço para realização de obras previstas para a Copa do
Mundo 2014. Em continuidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, os
vereadores Toni Proença, Sofia Cavedon, João Antonio Dib, Engenheiro
Comassetto, DJ Cassiá, Haroldo de Souza e Dr. Thiago Duarte manifestaram-se
acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Às quatorze
horas e cinquenta e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quatorze horas e cinquenta e seis minutos. Após, o senhor Presidente concedeu a
palavra, para considerações finais, ao senhor Vinícius Gentil dos Santos
Cáurio. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Carlos
Todeschini e João Antonio Dib. Em GRANDE EXPEDIENTE, pronunciaram-se os
vereadores Pedro Ruas e Professor Garcia. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se os vereadores Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Pedro
Ruas e Idenir Cecchim. Na oportunidade, o vereador Engenheiro Comassetto
procedeu à entrega, ao senhor Presidente, de documentos relativos aos serviços
de saúde pública a que tem acesso a população porto-alegrense. Às quinze horas
e cinquenta e nove minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a
ORDEM DO DIA. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 060/12 (Processo nº
1617/12). Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 062/12 (Processo nº
1692/12), após ser encaminhado à votação pelo vereador Adeli Sell. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 059/12
(Processo nº 0711/12), após ser encaminhado à votação pelos vereadores Tarciso
Flecha Negra, Professor Garcia e Engenheiro Comassetto. Às dezesseis horas e
dezesseis minutos, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em
COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Nelcir Tessaro, Elói Guimarães,
este em tempo cedido pelo vereador Mauro Zacher, Paulinho Rubem Berta, Fernanda
Melchionna, esta em tempo cedido pelo vereador Pedro Ruas, e João Antonio Dib,
em tempo cedido pelo vereador Kevin Krieger. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se os vereadores Alceu Brasinha e Nelcir Tessaro. Na oportunidade,
em face de Questão de Ordem e manifestações formuladas pelo vereador Alceu
Brasinha, o senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca das normas
regimentais para cessão de tempo no período de Comunicações. Também, o vereador
Alceu Brasinha formulou Requerimento verbal, solicitando verificação de quórum.
Após, por solicitação do vereador Engenheiro Comassetto, foi efetuada
verificação de quórum, constatando-se a existência do mesmo. Em PAUTA,
Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 079, 098, 102 e 121/12, o Projeto de Lei do
Executivo nº 033/12 e os Projetos de Resolução nos 020, 021, 033 e
036/12; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 009/12, o
Projeto de Lei do Legislativo nº 093/12 e o Projeto de Lei do Executivo nº
032/12. Durante
a Sessão, a vereadora Sofia Cavedon e os vereadores DJ Cassiá, Idenir Cecchim,
João Antonio Dib, Professor Garcia e Alceu Brasinha manifestaram-se acerca de
assuntos diversos. Às dezesseis horas e cinquenta e nove minutos, o senhor
Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores
para a Sessão Ordinária da
próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos
vereadores Mauro Zacher, Haroldo de Souza, Fernanda Melchionna e Carlos
Todeschini e secretariados pelo vereador Carlos Todeschini. Do que foi lavrada
a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores
1º Secretário e Presidente.
A SRA. PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Passamos à
O Sr. Vinícius Gentil dos Santos Cáurio, Presidente
do SATED – Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão do
Estado do Rio Grande do Sul –, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10
minutos. Aproveito para cumprimentar todos os artistas presentes no dia de
hoje: a Rosa, da Companhia de Artes; o Marcelo, do IEACen; e o Guimarães,
Presidente do Conselho Municipal de Cultura. Conforme a Sessão for andando, vou
registrando as presenças.
O SR. VINÍCIUS
GENTIL DOS SANTOS CÁURIO: Sra. Presidente da
Sessão, Ver.ª Fernanda Melchionna; antes de tudo, se faz justo agradecer à
Ver.ª Sofia Cavedon, do PT, e à Ver.ª Fernanda Melchionna, do PSOL, pela
atenção constante às causas da cultura e principalmente às necessidades dos
cidadãos que trabalham e fazem deste setor suas vidas. Assim, agradecemos à
Câmara de Porto Alegre pelo espaço deferido. Obrigado aos colegas pela
presença.
Grandes eventos nos levam a grandes reflexões. No
dia 15 de junho de 2014, começam os jogos da Copa em Porto Alegre, e, no dia 30
do mesmo mês, a Copa se despede desta Capital. Serão 15 dias que marcarão a
história desta Cidade. Isso é certo. O que ainda não está certo é que tipo de
marca os governantes pretendem deixar para os mais de 1.700.000 cidadãos que
vivem e vão continuar vivendo por aqui. Há 17 anos, a sociedade gaúcha deu um
passo inédito que colocou Porto Alegre como a Capital mais moderna da América
Latina no setor da economia e da cultura: era criado o Centro Cenotécnico.
A década de 90 marcou Porto Alegre como a Capital
cultural do Brasil; ações como a criação do Fumproarte, a implantação da
descentralização da cultura, a abertura da Casa de Cultura Mario Quintana, a
formação do Festival Internacional de Artes Cênicas, o Porto Alegre em Cena e a
Bienal do Mercosul destacavam os gaúchos no cenário nacional e internacional.
Passadas quase duas décadas, o que vemos é um total
descaso com uma construção cidadã que levou anos para alcançar aquele patamar.
Nossa Capital, por total incompetência dos gestores, deixou para o passado a
colocação de destaque mundial que havia alcançado no universo das artes.
Porto Alegre foi,
naquela época, ponto de referência para cidades como Toronto, Dublin,
Barcelona, Paris, Londres, Bonn, Johannesburgo, Buenos Aires, entre outras
tantas que marcam a cultura mundial. Hoje, voltamos à obscuridade do
provincianismo, da iminente falta de identidade tão temida nos versos de nosso
Hino: “Povo que não tem virtude acaba por ser escravo”.
E é aqui que fica nosso questionamento: será
possível que toda a energia, todo o dinheiro, todo o trabalho disposto ao
evento da Copa do Mundo passado por Porto Alegre somente serão direcionados
para a destruição do que já foi construído pelos cidadãos desta Cidade? Ou
teremos nós a competência e a inteligência para utilizar essa usina de forças
para retomar o nosso nome no mundo? Saberemos nós aproveitar de forma positiva
esses dias, buscando uma construção mais perene, que suplante a eventual?
Ratificaremos os nossos espaços urbanos, respeitando nossa história e o espaço
de trabalho conquistado por cada cidadão que vive o dia a dia desta Cidade?
O Centro Cenotécnico foi fundado em 1995; possui
uma área total de 1.700 metros quadrados; é localizado na Rua Voluntários da
Pátria, 1.370, sendo referência para a arte no Rio Grande do Sul e no Brasil; é
um espaço único na América Latina com acesso e uso da comunidade das artes –
cinema, carnaval, público em geral –, servindo para serviços, cursos,
montagens, set de gravação, confecção
de cenários, figurinos e elementos de iluminação cênica.
Por ser um conjunto de galpões com características
múltiplas, oferece condições favoráveis para se adaptar às diversas
investigações espaciais, artísticas, técnicas da cena contemporânea.
O Centro Cenotécnico passaria, no ano de 2013, por
uma grande reforma com um projeto do IEACen, que já possui verba definida para
tal; porém, foi atropelado pelas obras da Copa, tendo sua demolição anunciada,
para início, no dia 16 do mês corrente.
O mais estranho é que as obras para a Copa já
estavam programadas há mais de ano, e só agora é que se anuncia a
desapropriação do Centro Cenotécnico. A Prefeitura não trouxe, até o momento,
nenhuma solução para o caso; muito pelo contrário, se põe arrogante e ignorante
no que conhece daquele espaço.
A representante da Secretaria da Fazenda, ao propor
o simples ressarcimento financeiro com base no valor venal do espaço
desapropriado, demonstra não ter a mínima dimensão social, econômica e política
daquele espaço, do que aquele espaço representa para a Cidade, aqui e para o
mundo. Quando lhe foi proposta a cedência dos galpões da Rua Olavo Bilac, sua
negativa foi baseada no fato de os galpões servirem de depósito de compras para
a Secretaria.
Pois bem: o Centro Cenotécnico representa 80% da
produção cenotécnica do Estado, servindo de oficina para eventos a todo o Rio
Grande do Sul. Hoje está lá guardada a maioria dos cenários das peças regionais
programadas para o próximo Porto Alegre em Cena, vitrine da Cidade para o
mundo, aberta há 19 anos ininterruptos.
Há quase duas décadas, Porto Alegre dialoga com o
mundo, sendo cena universal das artes cênicas, e esse diálogo é, em muito,
construído no Centro Cenotécnico. Por outro lado, os galpões da Rua Olavo Bilac estão circundados de ações culturais e de história, encravados no meio
do bairro Farroupilha, costeado pelos bairros Santana, Bom Fim, Cidade Baixa,
bairros que são o coração e pulmões da cultura nesta Capital.
Então, mais uma vez,
perguntamos: que Cidade queremos construir quando as oportunidades nos surgem?
O Sr. José Fortunati
era Vice-Prefeito quando, em meio à década de 90, Porto Alegre viveu seu auge
cultural, despontando mundialmente como referência, tendo suas ideias e ações
difundidas por toda a América, Europa e Japão. Como Vice-Prefeito, o Sr.
Fortunati viu as intenções da Copa no Brasil tomarem forma e, agora, à frente
da Prefeitura, com a Copa na nossa Capital, que ações o Prefeito José Fortunati
pretende consolidar?
Por querer nos manter
nessa história, por termos enorme dúvida sobre os esclarecimentos até agora
dados, por sermos um povo politicamente ativo e participativo, é que chegamos à
Casa do Povo e convocamos a Câmara de Vereadores de Porto Alegre a defender a
cultura desta terra, a estar do lado da construção da história e a defender a
Cidade como querência eterna e não como simples pouso passageiro.
É preciso e urgente
que a Comissão de Educação e Cultura desta Casa coloque-se à frente dessa
discussão; é necessário que a Secretaria Especial da Copa observe essas
informações e levante uma conversação inteligente e aberta com todo o setor
sobre o assunto. É esperado que a Secretaria da Fazenda entenda que fatores
econômicos suplantam em muito os simples cálculos financeiros.
Hoje, a comunidade
cultural do Estado do Rio Grande do Sul observa atenta essa questão e considera
o evento como um ponto especial para avanço das relações, para a reobtenção do
título de Capital cultural do Brasil no Mercosul. Nesse sentido, parece-nos a
opção dos galpões da Rua Olavo Bilac a troca justa pela requalificação do
Centro Cenotécnico do Rio Grande do Sul, colocando-o no centro do corredor
cultural de Porto Alegre. A Cidade, assim, merece cultura, diversidade e
alegria, levando a felicidade ao cidadão e diminuindo a violência nas ruas.
Por fim, gostaríamos
de lembrar aos nobres Vereadores, em especial à Comissão de Educação e Cultura,
que o Centro Cenotécnico é uma questão urgente, visto que, agora, muitos
trabalhos estão em andamento e alguns com estreia em setembro no Porto Alegre
Em Cena, mas a Prefeitura de Porto Alegre ainda não respondeu aos
questionamentos sobre a Lei do Fumproarte, que equipara esse Fundo aos valores
destinados ao Funcultura. Também ainda não colocou a Lei de Fomento à Cultura
no patamar que ela foi idealizada, compromisso do Executivo; tampouco inaugurou
o Teatro Elis Regina; e há 16 anos não realiza concurso público para técnicos
em cultura, deixando, assim, a Secretaria Municipal da Cultura esvaziada de
recursos.
O Sindicato dos
Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão do Estado do Rio Grande do Sul
de Espetáculos de Diversão volta a esta Câmara e questiona os legisladores da
cidade de Porto Alegre.
Perguntamos, por fim,
que cidade queremos construir, quando um evento de grandiosidade como a Copa do
Mundo nos traz a oportunidade de construirmos perenemente ações e não
simplesmente passagem por esta Cidade?
O Centro Cenotécnico
é ponto nevrálgico para a produção das artes cênicas no Brasil, no Rio Grande
do Sul e em Porto Alegre. Ele é o nosso maior dínamo de produção para levar
Porto Alegre ao mundo. Os artistas assim precisam e os artistas assim pedem:
por favor, Câmara de Vereadores de Porto Alegre, se posicione! Obrigado.
(Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Primeiro, antes de passar a palavra às Bancadas, eu, que presido esta
Sessão na tarde de hoje, quero saudar o SATED/RS e, claro, dar as boas-vindas a
todos os artistas e dizer da gravidade da situação que vocês nos trazem. É fato
que muitos de nós já havíamos acompanhado esta discussão na semana passada, mas
Porto Alegre foi pega, mais uma vez, com um dos grandes espaços de cultura do
nosso Município atacado em nome das obras, sem discussão com a comunidade
artística, sem discussão com a sociedade e sequer com aqueles responsáveis pelo
Centro Cenotécnico, que gerenciam um dos espaços mais democráticos da nossa
Cidade, das artes, do teatro, da dança, do circo.
Portanto, queremos
saudar a presença de vocês, hoje, aqui na Tribuna Popular. Cada Partido tem
direito a dois minutos para se pronunciar sobre o tema, e nós daremos um
encaminhamento concreto às ponderações, sugestões que vocês trouxeram de locais
adequados para essa transferência, mas, sobretudo, na luta permanente por
democracia.
Não é possível que um
espaço de 17 anos, logrado na luta democrática dos artistas da nossa Cidade,
seja atacado de maneira brutal e antidemocrática. Vocês contam com o apoio
desta Presidente e, tenho certeza, de todas as Bancadas da Câmara Municipal,
assim esperamos.
O Ver. Toni Proença
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. TONI PROENÇA: Obrigado, Presidente
Fernanda, a quem eu saúdo pela presidência dos trabalhos; queria fazer uma
saudação especial ao Vinícius, que exerceu o direito à Tribuna Popular, em nome do
SATED-RS, e, também, aos militantes em Cultura que nos visitam hoje.
Eu quero dizer que sempre tenho muita fé nas
Comissões Permanentes desta Casa. E acho que a CECE - Comissão de Educação,
Cultura, Esporte e Juventude - poderia, sim, ser a interlocutora para que o
diálogo seja reaberto, porque se é verdade que é fundamental para a execução de
alguma obra que se retire dali o Centro Cenotécnico, então, que se ofereça uma
alternativa, mesmo que provisória, até que se construa uma alternativa
definitiva. E isso só poderá ser feito com diálogo.
Então, que a CECE, em nome da Câmara de Vereadores,
possa reabrir, retomar esse diálogo, e que a gente possa ter uma solução que
não venha beneficiar somente a Copa e prejudicar a cultura da Cidade para
sempre.
Conte conosco e com a Bancada do Pátria Livre.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sra. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras; Vinícius,
Presidente do SATED-RS, queridos artistas e técnicos, eu, aqui, vou apenas
reforçar o apelo já feito à Câmara de Vereadores. Nós não podemos aceitar que,
em nome da Copa, do tempo curto, da necessidade das obras, não se faça um
diálogo e não se preservem os espaços fundamentais da cidade de Porto Alegre -
espaços e culturas.
Fomos pegos de surpresa com a história da obra, e é
inexplicável que a Prefeitura Municipal imagine que possa se perder mais um
equipamento como este. Porto Alegre já perdeu um terço dos seus recursos na
Cultura, tem muitos equipamentos em mau estado de conservação na área da
Cultura, e reduziu brutalmente a descentralização.
E o Centro Cenotécnico nunca contou com apoio dos
governos, sério, firme, decidido. Ele é mantido pela garra de quem quer fazer
arte; é mantido pela persistência dos artistas e técnicos, e é desconhecido de
muitos porto-alegrenses. E quem entra lá acha que é um lugar inapropriado, e,
na verdade, é um lugar que tem altura, tem o pé direito necessário para as
intervenções, para a recreação. Obviamente, que ele tem que ter melhores
condições de acolhimento, de salubridade, mas o que nós não podemos aceitar, e
não aceitaremos, Ver. Toni, que não seja chave por chave. Ou seja, não dá para interromper os trabalhos. Nós sabemos que no caso
de uma indenização, se sai a procurar área, não vai acontecer, não se sabe em
quantos anos – eu sei que não disseste isso. Nós queremos que, primeiro, se
resolva o Centro Cenotécnico, para, depois, fazer a rua, para depois alargar a
Av. Voluntários da Pátria (Palmas.), porque a Cidade viveu até hoje os
problemas de circulação e transporte, e não vai ser uma obra aqui, outra lá,
que precisam ser feitas urgentemente, que resolverão a nossa vida. Nós não
aceitamos, assim como não aceitamos que famílias saiam de um lugar para fazer
obras, sem que tenham uma casa para ir. Então, nesta luta, estamos perfilados,
estamos aqui combinando com o Ver. Haroldo de Souza para falar com o Ver.
Professor Garcia, para que a CECE chame uma reunião para mediação. Estamos
muito felizes que o nosso Secretário Estadual de Cultura esteja firmemente
posicionado, e não haverá negociação de outra ordem que não seja ou manter o
Centro ou um novo lugar melhor do que aquele, porque a nossa classe artística
está cansada de perder, de lutar, de lutar e de perder. E luta não por si, luta
pelo direito do povo à cultura. Então, parabéns pela luta de vocês, contem com
a gente sempre. (Palmas.)
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Obrigada, Ver.ª Sofia. Antes de encerrarmos a Tribuna Popular,
gostaríamos de fazer alguns acordos que nos parecem fundamentais. Os artistas
vieram a esta Casa, que representa o poder de fiscalização do povo de Porto
Alegre em relação à Prefeitura Municipal, e querem que haja um processo amplo e
democrático de diálogo e, sobretudo, de alternativas. Liguei para a Ver.ª Maria
Celeste já contando a situação do Centro Cenotécnico.
O Ver. João Antonio
Dib está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sra. Presidente,
Ver.ª Fernanda Melchionna; meu caro Presidente Vinícius Gentil; Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores, quando se deseja algo - e isso a vida me ensinou
na longa caminhada na vida pública -, não se agride a quem vai resolver o
problema. Nós chegamos agredindo o Executivo Municipal... E não me
preocupo com os discursos, porque eu tenho experiência bastante: 40 anos de
Câmara dá para dizer alguma coisa. Não se faz discurso e encontra a solução. Eu
já vi grandes políticos brasileiros voltarem atrás no discurso que fizeram para
poder discutir, parlamentar. Agora, quando começa com agressão, não tem
continuidade, interrompe o debate, e o diálogo se faz com entendimento, não com
agressão. Não há por que agredir o Executivo, e não há por que interromper as
obras que estão sendo feitas em Porto Alegre, porque não são para a Copa, serão
feitas em razão da Copa, mas com recursos para todos os porto-alegrenses. Todos
os porto-alegrenses serão beneficiados.
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Não se iludam com Vereadores aqui
que dizem o contrário. As obras continuarão porque o povo pede, porque elas
estão sendo aguardadas há dezenas de anos. Eu acho que vocês têm razão, é
preciso encontrar uma solução, mas a solução se encontra com entendimento, não
com agressão. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver.
Engenheiro Comassetto está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento,
pela oposição.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Prezada
Presidente, Ver.ª Fernanda; prezado Vinícius, que representa aqui os
trabalhadores da cultura da nossa Cidade...
(Manifestações
nas galerias.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Solicito atenção do Plenário ao Vereador que vai se
pronunciar, e solicito respeito aos artistas que vieram à Casa do Povo para
trazer suas opiniões. (Palmas.)
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Venho, em nome da Bancada de oposição desta Casa,
para fazer as seguintes considerações. Primeiro, cumprimentá-los pela coragem
de vir aqui trazer um tema que é da cidade de Porto Alegre; segundo, que nós
construímos uma Cidade para ser democrática e transparente, e a cultura tem que
estar no centro do desenvolvimento de uma sociedade rica e de paz. Para isso,
qualquer transformação na Cidade tem que ter um processo de planejamento, e
pressupõe-se que seja participativo, onde os governantes têm que dialogar com a
Cidade, e a integração dos saberes popular e técnico tem que estar inserida nesse
debate e nesse diálogo. E nesse caso que vocês trazem aqui, Vinícius, onde é
proposta a remoção do local, que é a referência de vocês, se não houver
diálogo, não há respeito; portanto a Cidade, a gestão tem que dialogar, tem que
conversar, e tem que encontrar uma solução acima do que existe hoje, e não
desconstituir ou desconsiderar. Quero fazer esse registro, porque uma cidade de
todos é uma cidade com diálogo, com democracia, com transparência e com
planejamento, e planejamento participativo. Viva os artistas porto-alegrenses!
Um grande abraço.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra, nos termos do
art. 206 do Regimento.
O SR. DJ
CASSIÁ: Sra. Presidente, Ver.ª Fernanda Melchionna, trago a minha saudação aos
artistas. Ver. Toni Proença, eu prestei atenção à sua fala e às demais que o
antecederam. A Educação e a Cultura, Ver.ª Maria Celeste, não devem e não podem
ter bandeira política, elas devem caminhar pelos seus ideais, e tenho plena certeza
que é o que está acontecendo nestas galerias aqui – reivindicando aquilo que
lhes pertence. Agora, o Ver. Toni Proença falou aqui que não há – sem
desmerecer o Plenário – um ponto nesta Casa com tanta legitimidade para
discutir este tema como as Comissões Permanentes.
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. DJ
CASSIÁ: A senhora quer um aparte? A senhora está me tirando a atenção! Por
favor, eu escutei a senhora. Eu estou, aqui, tentando colaborar, Vereadora.
Então, eu quero propor aqui, Ver. Toni Proença - o
senhor que levantou a questão -, que esse tema vá para a Comissão de Educação,
e a Comissão de Educação possa, junto com os artistas, encaminhar ao órgão, que
é, sim, a Secretaria de Cultura, e ao próprio Prefeito. Quero deixar aqui a
minha posição, não só como Vereador, mas como Vice-Presidente da Comissão de
Educação, e quero me colocar à disposição de vocês artistas para que a gente
possa fazer esse encaminhamento junto à Secretaria de Cultura.
(Aparte antirregimental.)
O SR. DJ
CASSIÁ: Tenho que ver a agenda com o Professor Garcia, Vereadora – ele não está
aqui –, para a gente poder marcar a reunião com a Comissão.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Obrigada, Ver. DJ Cassiá.
O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. HAROLDO
DE SOUZA: Ver.ª Fernanda Melchionna, que preside os trabalhos, falo na condição de
integrante da Comissão de Educação e Cultura, a CECE, sem a permissão do
Presidente, mas determinando, sim: vamos marcar a reunião o mais rapidamente
possível, para que possamos, em nome da CECE, atender as reivindicações que o
senhor, em nome da classe, veio aqui fazer. Mas quero solicitar ao senhor que
da próxima vez venha no sentido do diálogo e não pesadamente, dentro desta
Casa, transformando isso em uma questão eleitoreira. Sei que o senhor não é
candidato; se o senhor não é candidato, os outros Vereadores envolvidos o são.
Nós, a CECE – estou falando em nome do seu Presidente -, estamos marcando esse
encontro com os senhores. Por favor, o diálogo acima de tudo! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Presidente, caros membros do Sindicato dos
Artistas, caro Sr. Vinícius Gentil, acho que a discussão desapaixonada...
Muitas vezes os Vereadores se reúnem em grupos aqui, e é para realmente
deliberar – isso é importante que a população saiba – no sentido de resolver os
problemas. Quero me somar aos senhores e dizer que estamos à disposição para
encontrar uma solução pacífica e construir uma alternativa juntos, só que acho
fundamental a provocação à Secretaria Estadual da Cultura, que está presente
neste momento, além da Municipal e, sem dúvida, às universidades. Temos uma
Universidade Federal que também pode ajudar na solução do problema. Então, Ver.
DJ Cassiá, Ver.ª Sofia Cavedon, que os outros membros da CECE convidem também a
Secretaria Estadual da Cultura, e, sem dúvida nenhuma, a Academia, a
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: Está acolhido
aqui, o Ver. DJ está conversando com o professor Garcia para agendarmos. Apenas
quero dar uma informação ao Dr. Thiago: o Secretário Estadual da Cultura já
recebeu a classe artística e está fazendo grandes esforços para haver uma
negociação efetiva com o Governo Municipal. Precisamos que o Governo Municipal
apresente alternativa.
E termino dizendo que aqui houve uma proposta
concreta dos galpões da Olavo Bilac, que a Prefeitura usa, e que são galpões
públicos. Então eu reforço este encaminhamento dos galpões da Olavo Bilac, que
a Prefeitura poderia redimensionar o seu uso e teria o equipamento à
disposição.
O SR. DJ
CASSIÁ: Ver.ª Fernanda, eu quero
colaborar - estou aqui tentando colaborar - por isso eu pedi aparte. Acabei de
falar com o Presidente da Comissão - por questão de ética e coerência, não vou
atropelar, marcar, como Vice-Presidente uma reunião, até porque tem um
Presidente – e ele está vindo para o plenário agora, para fazermos o
encaminhamento de uma audiência antes do recesso. Só para comunicar aos
artistas.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Eu falo tanto quanto a Ver.ª Sofia, que falou três ou quatro vezes
aqui... Falo no chamado “tempo compensação”. Primeiro, quero dizer que tenho muito respeito aos artistas, eles
merecem, e certamente a população também tem.
Todo esse esforço da Ver.ª Sofia pode ser
direcionado no sentido de já estar resolvido o assunto. O Estado publicou, há
uma semana, que há 200 e poucos imóveis em Porto Alegre, e eu conheço alguns de
boa qualidade, bem melhor do que aquele - vocês merecem um local melhor.
O Governo do Estado tem esses locais, e se a Ver.ª
Sofia se mexesse um pouco, ela conseguiria, porque ela só se mexe pelo
microfone - para vocês ela só faz discurso. Ela tem que ir ao Governo do
Estado, como ela fez aqui, que, certamente iremos esse assunto. Obrigado.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sra. Presidente, Ver.ª Fernanda Melchionna, Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, a Tribuna Popular está regrada no Regimento da Casa. Depois da fala
da pessoa que vem fazer a Tribuna Popular, cada Bancada pode
se manifestar durante dois minutos, não mais do que isso.
Estou falando duas vezes: como Líder do PP e Líder
da situação. Eu devo dizer o seguinte: o assunto está sendo encaminhado
politicamente. Eu sou o Líder do Governo, eu fui procurado pelos jovens que
hoje aqui reivindicam? Não. Portanto, vamos mais com calma e com mais seriedade,
responsabilidade no trato dos problemas dessa Cidade, não da forma que está
sendo feito aqui, agora, porque há umas pessoas que merecem o nosso respeito, e
nós fazemos discursos e mais discursos, e não buscamos solução - basta o
aplauso. Saúde e PAZ!
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Em primeiro lugar, nós queremos registrar que os
artistas estiveram aqui, Fábio, na semana passada, falando com os Vereadores,
Ver. João Antonio Dib, em relação ao ataque do Centro Cenotécnico. Nós
gostaríamos de registrar ainda que esta é uma Casa Política e todos os temas
que dizem respeito à nossa Cidade tem a ver com uma política: ou uma política
de cidade que não respeita a cidadania, que não houve os atingidos quando se
trata de obras da nossa Cidade, ou da organização do próprio Sindicato, que é
eleito representativamente para trazer as pautas dos artistas da Cidade, e são
muito bem-vindos nessa Casa.
Em segundo lugar, cabe sempre ressaltar que, se
houve a ausência de diálogo na cidade de Porto Alegre, foi por uma postura das
Secretarias envolvidas nas obras da Copa de 2014, que faz dois anos que tem os
projetos, inclusive a duplicação da Av. Voluntários, que eu tenho certeza de
que ninguém é contra, mas que em nenhum momento foi discutido com os atingidos pela
obra, sobretudo o Centro Cenotécnico. Então, algumas separações têm que ser
feitas aqui em relação aos passos dos que nos procuram aqui na Câmara.
Em terceiro lugar nós queremos saber da Comissão -
o Ver. DJ Cassiá fez um encaminhamento junto ao Professor Garcia -, em relação
a uma reunião na Comissão de Educação Cultura Esportes e Juventude antes do
recesso. Como quarta-feira da semana que vem é recesso - terça começa o
recesso, me lembra a Ver.ª Maria Celeste -, nós gostaríamos de saber a data
para que já sejam um dos encaminhamentos da Tribuna Popular no dia de hoje.
Ver. Professor Garcia, eu gostaria de que a gente
pudesse encaminhar, então, como foi sugerido pelo Ver. Haroldo, pelo Ver. DJ
Cassiá e pela Ver.ª Sofia Cavedon.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Sra. Presidente, eu só não gosto de mentira, até
porque há 36 gabinetes, e o único gabinete que trabalha, há 16 anos, de porta
aberta é o meu.
Eu quero dizer, Sra. Presidente, que me
procuraram... No dia 10, terça-feira próxima, amanhã, será a última reunião,
depois entraremos em recesso. Inclusive a Ver.ª Sofia trouxe... E nós dissemos
que não havia data. O dia 7 de agosto é uma data possível. Para fazer
extraordinária tem que haver a concordância de todos os Vereadores, porque, no
dia, nós receberemos o Internacional. Não adianta, senão, cada vez que vem a
pressão, o pessoal fica assim. Se todos concordarem, vamos marcar e podemos
sair daqui com uma data, não há problema nenhum. Agora, os cinco Vereadores têm
que concordar.
(O Ver. Haroldo de Souza assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Ver. Haroldo, V. Exa., inclusive, é membro da
Comissão. Eu coloquei o seguinte: se os cinco Vereadores, V. Exa., o Ver.
Tarciso, a Ver.ª Sofia, e o Ver. DJ Cassiá, que inclusive foi um dos proponentes
dizendo que queria uma extraordinária... Não há motivo para não marcar.
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Sr. Presidente, qual é a data que nós temos
disponível para atender a essa reivindicação?
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Nós não temos nenhuma data disponível. A última
data, antes do recesso é amanhã, e a Comissão já tem agendada, no Sport Club
Internacional, uma demanda.
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Qual é a próxima data que está disponível?
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Se os Vereadores concordarem, nós podemos marcar
para o dia 17, já no recesso...
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Sr. Presidente, o senhor me disse, no plenário,
que seria 7 de agosto, que tem a data...
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Dia 7 de agosto, eu poderia, mas o pessoal diz que
é muito tarde.
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Suspendo os trabalhos para decidirmos.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h55min.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza – às 14h56min): Estão reabertos os trabalhos.
Tivemos um acerto rápido: no dia 12 de julho, às 9h30min, a presença dos
senhores na nossa Comissão de Educação e Cultura para que possamos atender às
reivindicações de vocês.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Seria interessante nós sabermos, para atender à
premissa do tempo, quem serão as entidades convidadas. E aí, como o Presidente
Mauro Zacher está aqui, ele vai ter que ter celeridade, porque não adianta
fazermos as reuniões sem as entidades aqui presentes. As entidades são: SATED,
Conselho Municipal de Cultura, ATPC, SECOPA, Secretaria Municipal de Cultura, e
Secretaria da Fazenda.
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O.k., Ver.
Professor Garcia.
O
nosso convidado está com a palavra para as despedidas.
O SR. VINÍCIUS
GENTIL DOS SANTOS CÁURIO:
Srs. Vereadores, eu gostaria de agradecer o espaço de diálogo da Câmara e, mais
uma vez, dizer que o sindicato e os artistas em nenhum momento pretenderam
agredir o Executivo ou qualquer outro Poder. A nossa questão é a ansiedade e o
total desespero em que foi tomada a notícia, de assombro.
Então, mais uma vez, agradeço à Câmara, a todos os
Vereadores e ao Município de Porto Alegre por abrir este espaço de diálogo para
que se respeite o trabalho dos artistas em Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Nós é que agradecemos. Pois não, Ver. Alceu
Brasinha.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente, o Ver. Professor Garcia falou aqui que o gabinete dele
é o único de porta aberta aqui na Câmara. Eu quero dizer que não, porque, desde
quando eu entrei nesta Casa, sempre o meu gabinete esteve de porta aberta. O
meu gabinete não tem dia, não tem hora e nem porta.
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O.k., Vereador.
De porta aberta mesmo, aqui na Câmara Municipal de Porto Alegre, em 11 anos, eu
sempre vi a do Ver. João Antonio Dib.
Está encerrada a Tribuna Popular. Muito obrigado a
todos.
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza; Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, senhores e senhoras que no visitam, o nosso boa-tarde, em especial
ao Sindicato dos Artistas, ao Centro
Cenotécnico e à assistência desta Sessão. Nós não temos como não falar
da cidade de Porto Alegre. Sexta-feira choveu, e nós havíamos anunciado que, na
primeira chuva, Porto Alegre ficaria embaixo da água. Só não aconteceu, porque
não havia chovido! E, de fato, muitos pontos de alagamentos foram verificados.
Em especial um, embaixo da ponte do Guaíba, que inviabilizou a operação do
metrô em Porto Alegre, porque o DEP não fez a operação que tinha que fazer e
porque a água excedente ali da região do shopping
de Navegantes-Humaitá foi drenada para aquela região da casa de bombas do
metrô. Portanto, essa e muitas outras áreas da Cidade foram alagadas, inclusive
inviabilizando o trânsito, a ponto de, no final da tarde, ficar na maior
confusão. Eu demorei uma hora e meia para chegar da Assis Brasil até a Câmara
de Vereadores. Muitas pessoas em situação de alagamento, carros andando no
contrafluxo, uma confusão generalizada se estabeleceu. E o que causa isso? É a
falta de manutenção dos serviços de drenagem da Cidade, algo que nós estamos
falando há muito tempo. Até porque a chuva foi espaçada, uma chuva calma, uma
chuva que não representava risco de alagamentos, mas a Cidade alagou, e alagou
muito. Portanto, estou aqui refazendo a fala que já foi feita em algumas vezes,
nos últimos três meses, de que a Cidade não está cuidada porque os serviços de
hidrojateamento, de limpeza das bocas de lobo, de limpeza dos poços de visita
não estão sendo feitas! Elas até podem estar sendo pagas, mas não estão sendo
feitas!
Em segundo lugar, a Cidade está escura. Eu tenho
vários pedidos para substituição de lâmpadas, quando, pasmem, ontem, fiquei
sabendo, Ver. Adeli, que não tem contrato de manutenção da iluminação pública.
A DIP não consegue substituir as lâmpadas que são queimadas. Inclusive me
informaram que está sendo providenciado um contrato emergencial, que não pode
acontecer, e eu vou fiscalizar. Por que isso? Porque alguns, talvez muito
preocupados com sua campanha, esqueceram de fazer os contratos de manutenção da
iluminação pública com a Cidade. Portanto, não existe contrato terceirizado, e
as equipes da DIP foram desmontadas, ao longo dos últimos oito anos, deixando a
Cidade à mercê da escuridão, com muitos pontos apagados, num completo breu! Não
há condições de substituir as lâmpadas queimadas, que deixam a Cidade no escuro
por falta de substituição. Estou fazendo esse alerta porque não vou permitir
que tenha contrato emergencial para esse tipo de serviço, porque não se
planejaram, não fizeram gestão da SMOV, não cuidaram da Cidade, e não é agora
que vão cuidar através de contrato emergencial!
Em terceiro lugar, ontem começaram, num ato de
campanha, a limpar a orla. Ora, um serviço que deveria ser feito durante os
últimos oito anos, limpar a orla, serviço ordinário, serviço de rotina, serviço
de cuidado com a Cidade. No entanto, ontem fizeram, com pompas, e lançamentos,
e atos, um mutirão de limpeza da orla. Isso não cabe, é algo que tem que ser
feito pelo serviço de rotina da Cidade. Portanto, está falando alguém aqui que
conheça, que tenha se preparado para cuidar da Cidade. E tem que fiscalizar a
Cidade, Ver. João Dib! Não adianta o senhor desaprovar com um gesto de cabeça,
porque isso é, lamentavelmente, inclusive anunciado em profusão, pela grande
mídia, como ato de lançamento da campanha.
Por último, faço-lhe uma cobrança, Ver. João Dib:
para um departamento como o DMAE, que tem R$ 300 milhões em caixa, é
inaceitável que haja 50 famílias, lá no Lajeado, ainda sem água potável alguma!
Aguardo o seu retorno. Obrigado pela atenção.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, a população
porto-alegrense acaba de ser ofendida pelo nobre Vereador. Dizer que a chuva
foi fraca é querer que os porto-alegrenses não saibam o que está acontecendo na
sua Cidade.
Por outro lado, para a limpeza da orla, muitas
vezes a população já fez mutirão. Apenas isso. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Passamos ao
O Ver. Pedro Ruas está com a palavra em Grande
Expediente.
O SR. PEDRO
RUAS: Sr. Presidente, Vereadores, Vereadoras, público que nos assiste, todos
aqui são testemunha do trabalho intenso que desenvolvi desde que apareceram as
denúncias, em 2009, de fraudes na Saúde Municipal que envolviam basicamente o
Instituto Sollus e a empresa Reação. Lutei muito pela Comissão Parlamentar de
Inquérito, sendo que até hoje não consegui sua instalação. Terminarei este
mandato – ou outro, se houver - com o mesmo propósito de investigação do que
houve, Ver. Todeschini, com aqueles valores milionários que a Saúde de Porto
Alegre perdeu, em uma fraude sem precedentes.
O PSOL é um Partido de fiscalização integral. Nós
não temos notícias de fraudes apenas nessa área. Se ficarmos na área da Saúde,
eu trouxe aqui, na quarta-feira passada, um tema da maior relevância. Faço um
rápido resumo para os que não puderam ouvir: no nosso importantíssimo Hospital
Conceição, há uma empresa prestadora de serviços chamada Plansul Planejamento e
Consultoria Ltda. Essa empresa fez um contrato com o Hospital Conceição, após
licitação, em 21 de outubro de 2009, por 12 meses. Por esse contrato, o
Hospital Conceição passou a pagar R$ 529.960,00 por mês - terceirização na área
de higienização e limpeza. Dois meses depois - apenas dois meses depois! -, no
dia 1º de fevereiro, já o contrato era reajustado para 10% a mais do valor,
acrescentando-se R$ 54.558,00, passando a vigorar o contrato com o valor pago
de R$ 545.587,50. Foram dez aditamentos, Vereadores e Vereadoras! Dez, Ver.
Kevin!
Neste ano de 2012, o valor pago, somente pelo
Hospital Conceição, à empresa Plansul passou a ser de R$ 918.575,97 mensais,
representando cerca de R$ 11 milhões anuais. Somente o Hospital Conceição. Dez
aditivos!
O primeiro dado que chama atenção: pela Lei nº
8.666, que regula e regulamenta as licitações no País, o limite máximo de
aumento ou reajuste poderia ser de 25%. Nesse caso, em 25 meses, chegou a 73%
de aumento – 73%, Presidente, de aumento do valor do contrato original, com dez
aditivos!
Nesse meio-tempo, surgiram inúmeras denúncias sobre
a prestação de serviços da Plansul. Uma delas – eu tenho aqui em mãos – dizia
respeito à prestação de serviços, cuja responsabilidade é do Grupo Hospitalar
Conceição - GHC, em vários postos de saúde, entre eles o do Jardim Itu, o do
Sesc e o da Santíssima Trindade. Em todos eles, passou a haver crônica falta de
funcionários e problemas de higienização e limpeza.
Do próprio Hospital, em 18 de novembro, é
encaminhada uma denúncia, da assistência da Gerência, do Serviço de
Higienização para a Gerência Administrativa, dando conta que faltavam
funcionários e serviços, ou seja, não havia higienização e limpeza, tal como no
dia 20 de dezembro, tal como no dia 23 de dezembro, em que chega ao ponto, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, de denunciar que, na Pediatria do Hospital
Conceição, faltavam higienização e limpeza - água e sabão! E não fez nada a
Direção do Hospital Conceição em relação aos seus contratados, a não ser os
reajustes dos valores pagos. Pior, não só não tomou qualquer providência, a não
ser uma notificação sem resposta adequada, como ainda a Plansul passou a
realizar serviços para o Hospital Fêmina, do mesmo grupo, e agora também para o
Hospital Cristo Redentor, também do mesmo grupo. Então, de um serviço
milionário e mal prestado para o Hospital Conceição, com diversas denúncias
internas e reajustes acima do permitido pela lei, a Plansul consegue ainda, em
Porto Alegre, o mesmo contrato de higienização e limpeza com o Hospital Fêmina,
do mesmo grupo, e agora com o Hospital Cristo Redentor! A censura, a reprovação
dos serviços – em que faltam funcionários, higienização e limpeza - fez
aumentar a clientela, colocando também os hospitais Fêmina e Cristo Redentor,
em um total, Ver. Mauro Zacher, que preside a Casa, que chega agora a cerca de
R$ 18 milhões por ano, só para a empresa Plansul de higienização e limpeza; R$
18 milhões por ano, o grupo; R$ 11 milhões, somente o Hospital Conceição. Mas o
que me chama a atenção é que, pelo contrato original, realizado em 2009 - tenho
aqui a cópia -, a empresa contratada tem um CNPJ 78.533.312.001-58 com sede em
Florianópolis, cujo objetivo social é fornecimento e gestão de recursos humanos
para terceiros. Tudo certo, mas a empresa que assina as carteiras de trabalho
dos servidores terceirizados não é essa, é outra com sede em Porto Alegre, com
outro CNPJ: 78.533.312.002-39. Aí, o que é alarmante de fato é que o objetivo
social da sua existência não é mais, não é como na matriz, em Florianópolis,
fornecimento e gestão de recursos humanos para terceiros. Teria lógica, mas
esta empresa que assina as carteiras e que faz recolhimento para a Previdência
Social – está aqui a guia – tem como objetivos: tratamento de dados, ser
provedor de serviço de aplicação e serviços de hospedagem na Internet. Essa é a
que assina as carteiras, e não a outra, a contratada.
Para a Plansul, repito, o Grupo Hospitalar
Conceição hoje paga cerca de R$ 18 milhões por ano – por ano! – ; R$ 11 milhões
somente no Hospital Conceição. Setenta e três por cento de reajuste desde que o
contrato foi firmado em 2009, quando o limite era de 25%; inúmeras denúncias de
serviços malprestados e de falta de funcionários.
E aí? O que fazemos com esses dados? Isso é Porto
Alegre; nós não estamos falando aqui de uma situação do Interior do Estado ou
de outros Estados, o que seria igualmente grave. Nós estamos falando aqui de
uma situação na nossa Cidade, na nossa Capital, onde exercemos os nossos
mandatos, onde e quando temos, portanto, responsabilidade, sim!
Levei esse assunto ao Procurador-Geral do Tribunal
de Contas, Dr. Geraldo da Camino, e marquei audiência na Controladoria-Geral da
União e no Ministério Público Federal, porque não é possível que se continue
com uma situação absurda dentro de um hospital público absolutamente
imprescindível à vida das pessoas em Porto Alegre e das de fora de Porto Alegre
– mas eu posso me manifestar por Porto Alegre apenas. Não é possível que nós
continuemos a conviver com esse descalabro, com situações inaceitáveis, porque
faltar higienização e limpeza – Dr. Thiago, que é médico – num hospital é
absolutamente inaceitável!
Nós estamos, agora, promovendo um trabalho de
investigação para saber o número e o tipo de infecções hospitalares que lá
ocorrem, porque, se falta limpeza e sobra sujeira, tudo pode acontecer. E é
aqui, nas nossas barbas, em Porto Alegre. Nós queremos salvar o Hospital
Conceição! Há muitos anos - nós vamos lembrar, Vereadoras e Vereadores –, lá no
tempo do Jair Boeira, esse Hospital quase fechou; foi salvo por uma ação
pública importante, e me parece que tem que ser salvo de novo. Nós temos lá CCs
com valores expressivos, isso não é ilegal, mas tem que haver uma
correspondência de serviços, de responsabilidade, de boa utilização do dinheiro
público, de boa prestação de serviços na Saúde. Não é ilegal ter um número
gigantesco de CCs elevados, como há, mas é ilegal reajustar um contrato acima
de 25%, é um absurdo manter esse tipo de contrato com as denúncias internas que
há, e é inaceitável que seja uma empresa contratada com matriz em
Florianópolis, e com objetivo e razão social, e as Carteiras de Trabalho e o
recolhimento da Previdência sejam feitos por outra empresa - com o mesmo nome,
é verdade, mas com outro CNPJ e outro objetivo. Pois essa é a situação em que
vivemos. Nós não vamos descansar enquanto isso não for esclarecido e
modificado, porque essa é maneira real efetiva de se cuidar da Saúde. Nós vamos
continuar batendo diuturnamente na questão Sollus, Empresa Reação e na ausência
da CPI aqui, como sempre fizemos, mas nós não vamos esquecer que os problemas
não terminam ali, que os problemas continuam lá no Grupo Hospital Conceição,
onde esse descalabro está ocorrendo.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Mauro Zacher assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Presidente, caros colegas Vereadores, caras colegas
Vereadoras, eu subo a esta tribuna para conversar um pouco não só com os
colegas, mas principalmente com o telespectador, com
a população que nos ouve e nos vê, sobre uma questão que realmente tem me
deixado muito preocupado, uma situação específica na Saúde que tem me deixado
bastante preocupado - inclusive, amanhã, nós teremos, na Comissão de Saúde e
Meio Ambiente, uma ampla discussão sobre esse aspecto. Após três anos, nós
começamos gradativamente, e infelizmente, a retomarmos, não na mesma
contingência que tivemos em 2009, o número de casos de Gripe A, de Gripe H1N1.
Isso se deve ao fato de que não conseguimos, a partir daquela epidemia - e eu
vou falar um pouco dos números, claro que não temos a mesma amplitude daquela
época -, alterar alguns hábitos preventivos nossos, enquanto cidadãos e cidadãs
desta Cidade.
(Procede-se à
apresentação em vídeo.)
O SR. DR. THIAGO DUARTE: Por gentileza,
eu gostaria de passar e refrisar isso, porque acho da mais alta importância:
lavar as mãos - é fundamental que se lave as mãos de forma rotineira e de forma
reiterada durante o dia; proteger sempre a árvore respiratória, proteger sempre
as narinas, após os espirros, e, de preferência, não espirrar nas mãos e, sim,
nos braços, nos cotovelos; alimentar-se bem, principalmente ingerir muitos
líquidos; não se automedicar; se agasalhar de forma importante, principalmente
nas situações de frio; e evitar aglomerações. Sem dúvida nenhuma, essas são
ações preventivas e muito importantes no que se refere ao combate do vírus
H1N1. Para nós termos uma ideia, no ano de 2009, o Estado teve 3.500 casos,
grande parte deles em Porto Alegre, com 297 mortes; nós temos, agora, 99 casos,
com 15 mortes, mas nós estamos ainda por chegar no auge desse processo de Gripe
A, que deverá ocorrer até o final do mês. Nós tínhamos grande dificuldade, à
época, com a medicação utilizada para esses casos de Gripe A, que era o
Tamiflu, hoje, nós temos mais facilidade de acesso, mas, em contrapartida, nós
tivemos um grande descuido da população no que se refere à questão da
vacinação. Para vocês terem uma ideia, foram realizadas, no ano de
2010, um ano depois dessa situação, cinco milhões de imunizações, e, este ano,
por descuido, porque, efetivamente, a gente não se cuidou adequadamente, o
número de imunizações diminuiu para cerca de duas mil.
Nós vamos ter amanhã uma Reunião na Comissão de
Saúde e Meio Ambiente, pois temos, infelizmente, observado alguns casos,
atuando como médico na Restinga, no Extremo-Sul, que tem nos preocupado
bastante, oriundos da comunidade escolar, muitas vezes, e precisamos fazer uma
ampla reflexão sobre isso. Nós vamos ter o auge da disseminação do vírus,
segundo vários especialistas, como o professor Goldani, professor de
Infectologia da UFRGS, o professor Jair Ferreira, epidemiologista do Hospital
Conceição, que já esteve nesta tribuna, no final do mês de julho. E ainda temos
para chegar ao Estado mais de 600 mil doses. Então, a nossa proposta, clara,
para a nossa Reunião de amanhã, é de que nós, efetivamente, possamos ampliar a
vacinação, principalmente para a comunidade escolar, uma vez que grande parte
desses casos, principalmente na periferia da Cidade, nós temos visto em
crianças oriundas da comunidade escolar. Então, é esse o chamamento que eu
faço. Teremos, aqui, a presença das Secretarias Municipal e Estadual da
Saúde...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. DR. THIAGO DUARTE: ...Para terminar, Presidente, que nós possamos fazer uma
discussão ampla desse processo, e, realmente, construir uma alternativa. Eu
tenho visto e tenho observado que Santo Ângelo é um excelente exemplo no
sentido de ampliar a vacinação, liberando para a comunidade escolar. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; meus colegas
Vereadores, minhas colegas Vereadoras, senhoras e senhores aqui presentes,
público que nos ouve, eu venho aqui em nome do meu Partido, o Partido dos
Trabalhadores, trazer algumas informações e outras afirmações que não foram
ditas aqui no pronunciamento do meu colega e amigo Ver. Pedro Ruas. Primeiro,
houve um equívoco do Ver. Pedro Ruas em querer comparar o Grupo Hospitalar
Conceição com o caso do Instituto Sollus - Ver. Pedro Ruas, em nome da nossa
relação política e da clareza política, são casos distintos; segundo, o Grupo
Hospitalar Conceição, hoje, é composto por vários Partidos que fazem parte do
Governo Dilma e é assim administrado. O que o Ver. Pedro Ruas não disse aqui é
que este contrato feito em 2009 era para prestação de serviços de limpeza
técnico-hospitalar, higienização e manejo de resíduos das áreas administrativas
e hospitalares do Hospital Nossa Senhora Conceição, do Hospital da Criança
Conceição, do serviço de saúde comunitária, dos centros de atenção
psicossocial, do Instituto da Criança com Diabetes, e do Hospital Fêmina.
Então, era para um complexo. E o Ver. Pedro Ruas também não disse aqui que isso
foi fruto de um pregão eletrônico em 2009, cujo contrato foi o de nº 246/09, no
valor de R$ 529.960,18, e que a licitação é definida a partir da quantidade da
área higienizada, com a determinação de postos de trabalho a partir do
Instrumento Normativo nº 002, de 2008, que indica a produtividade média
esperada no centro dessa natureza, firmado pela administração pública federal.
Então, durante esses dois anos e nove meses de vigência do contrato, ele foi
objeto, Ver. Pedro Ruas, não só de um aditamento, mas de cinco aditamentos.
Aditamento de prazo, segundo a Lei nº 866; aditamento de preço para
reequilíbrio financeiro em função dos acordos coletivos dos empregados da
empresa, por três vezes... Ou será que o PSOL não quer dar aumento aos
funcionários, conforme os acordos coletivos, que foi num total
de 34%? Isso o senhor não disse aqui. Bem como um aditamento quantitativo aos
limites de 25% previstos em Lei, com quatro ampliações de serviços e uma
redução. Portanto, ele é proporcional à área coberta de limpeza. E todos nós
sabemos que a limpeza e a higienizacão de um hospital não é como na Câmara, que
se faz uma por dia e deu; é feita de hora em hora. Então, tem que ter equipes,
permanentemente, trabalhando.
E também foi feito um
aditivo que tratou, simultaneamente, de prorrogação, totalizando dez
instrumentos. Esses instrumentos todos, inclusive, já foram objetos de
auditoria pela Corregedoria-Geral da União e pelo Tribunal de Contas da União,
nada apontando.
Portanto, venho aqui
com muita tranquilidade, em nome do Presidente Neri e da direção, do Alex Borba
e do Claudiomiro Ambrósio, que é o gerente administrativo - em função do
pronunciamento do Ver. Pedro Ruas, na última quinta-feira -, para entregar à
Presidência todos os documentos, o que farei logo que sair desta tribuna.
Em nome da
transparência pública, em nome da gestão qualificada, em nome de um debate
politicamente sincero e correto, quero dizer que o Grupo Hospitalar
Conceição... E falo aqui em nome da gestão pública da Presidente Dilma, que
representa aqui no Rio Grande do Sul um dos sustentáculos da Saúde pública, que
todos nós sabemos que, na sua totalidade, precisa melhorar muito. E todos nós
sabemos que o PSOL é oposição à Presidente Dilma, portanto, está tentando fazer
aqui o seu papel.
Um grande abraço,
muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Recebo os
documentos encaminhados pelo Líder do PT, Ver. Engenheiro Comassetto.
O Ver. Pedro Ruas
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores, o Ver. Comassetto cometeu uma série de equívocos
aqui, e eu digo isso com o maior respeito e amizade com Sua Excelência. O
primeiro deles é dizer que eu fiz a comparação. Não, não fiz comparação entre
Grupo Hospitalar Conceição e Instituto Sollus. Eu falei que tanto quanto nós do
PSOL, Ver.ª Melchionna, queríamos a investigação em Porto Alegre sobre aquele
descalabro que houve, queremos também ali, no Grupo Hospitalar Conceição, sobre
esse outro descalabro. A comparação foi de atuação nossa e não dos casos em si.
Engana-se de novo o Ver. Engenheiro Comassetto, quando diz que houve cinco
aditivos. Como cinco, se eu tenho o décimo na mão? Este é o décimo. Como cinco?
E o décimo reajustou para R$ 918 mil por mês; o que era de R$ 529 mil, passou
para R$ 918 mil por mês! São R$ 11 milhões por ano, somente no Hospital
Conceição. E se engana V. Exa. quando disse que eu não falei que havia
autoatendimento. Claro que eu falei! Tanto que falei da ausência do serviço nos
postos de saúde, até nominei. Tanto que falei dos problemas denunciados de
falta de higienização na Pediatria do Conceição. Falei, sim! E não é, Ver.
Engenheiro Comassetto, atuação do PSOL, porque somos oposição à Dilma. O que é
isso? Não é essa a nossa posição. Nós vamos elogiar a Direção do Hospital
Conceição, a Presidente Dilma, o Prefeito Fortunati, o Governador Tarso Genro
sempre que merecerem elogio. E já o fizemos em relação a todos eles. Todos
eles, eu e a Ver.ª Fernanda Melchionna, em algum momento, já elogiamos, mas nós
não vamos deixar de criticar quando estiverem errados. Por quê? Quer dizer que
erro de amigo pode? É isso? Não, a nossa posição não é essa, a posição do PSOL
não é essa. Nós vamos denunciar, sim: isso é um descalabro, isso não pode
acontecer. Há denuncias sérias, internas. Problema de higienização em hospital
tem relação direta com a Saúde. Não é possível que alguém com uma doença “x” vá
a um hospital e, talvez, cure a doença “x”, mas pegue a “y”. Não é possível,
nós não vamos aceitar, nós vamos denunciar. Isso é em Porto Alegre! Isso não é
lá em Brasília, não! É em Porto Alegre, onde nós temos mandato e obrigação de
fiscalização.
Por outro lado, o que
eu achava mais adequado do Ver. Engenheiro Comassetto, repito, com respeito,
admiração e amizade que tenho, era fazer uma investigação do que nós
apresentamos como denúncia, e não vir nos responder e atacar dizendo que nós
somos somente oposição. Não é isso! Eu a Ver.ª Fernanda Melchionna somos
vereadores responsáveis, que lutamos – e ele sabe disso! – e combatemos muito
nesta área da Saúde de Porto Alegre e vamos continuar fazendo, mas nós não
vamos esquecer que o Hospital Conceição, o Hospital Fêmina, o Cristo Redentor
também são em Porto Alegre, também estão aqui e atendem milhares de pessoas semanalmente.
Eu disse que o número de CCs elevado, de valores altos, não era ilegal; o que é
ilegal é ter um contrato reajustado em 73%. E não sou eu que digo que é ilegal;
é a Lei n° 8.666, a lei que regulamenta as licitações.
Há um contrato, sim.
Não estou desfazendo a licitação feita em 2009, não tenho os dados para afirmar
que ela não foi legítima. Eu nem disse isso, mas se eu tiver esses dados, vou
afirmar aqui e vou mostrá-los, mas eu não os tenho, e não falei isso. O que
falei foi da execução do contrato, malfeita, por empresa com outro CNPJ, com
denúncias de péssima realização de serviço, com denúncias de ausência
permanente de funcionários, com denúncias de valores faturados acima do que a
lei permite. Tenho documentos para cada uma dessas afirmações, para cada uma
delas!
Reitero o que disse
antes: é nossa obrigação. Não estamos aqui fazendo política de oposição;
estamos cumprindo o nosso mandato com a nossa linha, e esta é uma linha do
PSOL: de fiscalização integral, absoluta, seja ao Município, seja ao Estado ou
à União. Se for em Porto Alegre, se ocorrer aqui a prestação de serviços, vamos
fiscalizar, estudar e, quando for o caso, denunciar, sim. Nunca nos furtamos ao
elogio público feito desta tribuna, mas jamais nos ausentamos da responsabilidade
da denúncia!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver.
Professor Garcia está com a palavra em Grande Expediente.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Presidente, Ver.
Mauro Zacher; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, venho discutir hoje, com os
colegas Vereadores e a população, um assunto que está sendo amplamente debatido
em toda a Cidade, em todo o Estado, em todo o País, que é a divulgação do
salário dos servidores públicos. Pergunto: até que ponto a transparência tem
que ser transparência, até que ponto nós queremos saber dos grandes salários?
Porque a cada dia muda a Lei e os salários cada vez são maiores. O que nós
vimos? De uma hora para outra, milhares de servidores expostos, que ficam à
mercê, porque não têm segurança. E ficam nessa história de transparência!
Concordo, sim, que
nós, Parlamentares, em todos os níveis, que os Cargos de Confiança, em todos os
níveis, que os conselheiros das diversas estatais devam ter seus salários
expostos. Mas o servidor é concursado - ele fez um concurso para isso –, e no
edital do seu concurso foi colocado o valor do seu salário. Todos sabemos que
na vida pública têm as ascensões, as promoções. Por que não colocar a matrícula
do funcionário e o salário? Precisa dizer que é o João da Silva? Só falta colocar
o CPF, o telefone, o endereço, e dizer: “Ele chega em casa, normalmente de tal
a tal hora, e, na maioria das vezes, sozinho”. Coloco isso, porque temos que
fazer essa reflexão.
Então, nessa ânsia,
nós criamos, muitas e muitas vezes, problemas para nós mesmos. Agora está esse
imbróglio judicial!
Em todo País,
instituições, associações, sindicatos e pessoas físicas estão entrando na
Justiça, porque se sentiram lesados no seu direito à privacidade.
O que diz a Lei do
acesso à informação? Ela fala e determina que “é dever do Estado garantir o
direito de acesso à informação de forma objetiva, ágil e transparente, e exige
a divulgação de dados de interesse público, independentemente de solicitações.
Todos os órgãos deverão criar serviço de informação ao cidadão, para atender e
orientar o público, e manter site com
dados e em formato que permita comparações, cruzamentos e análise.” A Lei que
orienta a divulgação diz: que a lei de acesso não trata diretamente da
divulgação dos salários. O Decreto nº 7724, do Planalto, Capítulo III, afirma:
“Deverão ser divulgados a remuneração e o subsídio recebidos por ocupante de
cargo, posto, graduação, função, emprego público, incluindo auxílios, ajuda de
custo, jetons e quaisquer outras vantagens”. E a lei que defende a privacidade:
a Constituição, em seu artigo 5º, afirma que são invioláveis a intimidade, a
vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à
indenização pelo dano material ou moral. Mas a mesma Constituição estabelece
que a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
O Sr. Idenir
Cecchim: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver.
Garcia. O senhor está tocando num assunto que é do momento, importante, está
sendo discutido em todas as rodas. Eu acho que todo o mundo tem direito à
privacidade, sem dúvida nenhuma. Eu, por exemplo, nessa publicização dos
salários do Município, descobri que só um assessor do Ver. Mauro Pinheiro,
cedido para esta Casa, custa quase R$ 200 mil por ano, mais as leis sociais;
isso dá quase 400 mil. Isso dá, por ano, o valor que o Ver. Mauro Pinheiro
queria de retorno da CPI do Ronaldinho, por exemplo. Então, acho que tem certas
coisas que são boas de a gente ficar sabendo. Tem alguma coisa que interessa
que fique bem clara, principalmente para aqueles que cobram. Agora, é lógico,
V. Exa. tem razão: o funcionário público faz um concurso, tem lá o valor, o
problema de tudo é que ninguém sabe quantos penduricalhos se juntam a esse
salário. Eu acho que o salário ninguém precisa saber porque ele fez concurso,
mas os penduricalhos aqueles... dois dias da casa não sei de onde... Eu acho
que até merece, todo o mundo merece o que recebe, imagino, mas dá para saber. A
discussão é muito boa, e V. Exa. está indo num caminho importante para uma
discussão maior. Muito obrigado.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Obrigado, Vereador. Na realidade, a preocupação
toda é a questão da segurança. Nós temos uma segurança mínima aqui na Câmara,
mas fora não temos. Os Deputados Federais têm, os Senadores têm, mas o
funcionário público normal não tem segurança! Isso é uma questão para ser
discutida. Discute-se tanto a questão do teto salarial. Isso, sim! Isso tem que
ser um norte a se buscar: não permitir que se ultrapasse o teto salarial.
Nós poderíamos fazer uma campanha, eu já abordei
aqui este tema, dos aposentados que se aposentam com sete, seis, cinco, quatro
salários mínimos e, depois de cinco anos, estão ganhando um salário mínimo. Por
que não fazer uma relação? Em 2003, ganhava tanto; em 2012, tanto, em
comparação ao salário mínimo? Todos baixaram! Todos foram nivelados para baixo!
Mas aí se cria a cada dia uma nova bolsa. Eu falei recentemente que,
principalmente no Norte e no Nordeste, mais de 60% das famílias vivem do
salário dos aposentados. Então, nós temos que ter muito tato e muito cuidado
porque, na ânsia de querer abrir o leque, vamos estar expondo o servidor
público. E o Ver. Dib colocou uma questão importante: não é só o servidor
público, mas é a sua família, é a sua esposa, os seus filhos, todos ficam
naquele suspense.
Eu não me preocupo muito com aqueles que ganham
bem, eu me preocupo com a grande maioria da população brasileira, que ganha
muito mal, principalmente com os aposentados, que, a cada ano que passa, têm
seus salários diminuídos. E vão indo, baixando e baixando. Mas acredito que
dentro de alguns dias o Supremo vai se posicionar. Essa guerra, que parecia uma
guerra surda, é o grande assunto do momento no nosso País. Há quem diga que
isso foi de propósito para desviar um pouco das atenções do julgamento do
“mensalão”, que está prestes a acontecer. Isso sim, o “mensalão”, que envolve os
Parlamentares, isso tem que ser público, notório, tem que ser dito quanto foi
para cada um! Mas do trabalhador concursado, se tem que colocar, que se
coloque, até porque quem quiser, através da matrícula, que vá lá e busque as
informações, por curiosidade, ou por algum outro interesse. Agora, de maneira
tão explícita, isto é algo altamente nocivo. E começou essa discussão, cada
Poder tem autonomia; a Câmara Municipal tem autonomia para divulgar, o
Executivo tem, o Judiciário tem. Mas tenho certeza também de que aqueles que
ainda não o fizeram estão repensando, estão repensando porque buscaram uma
linha e não tinham ideia do que isso causaria de insegurança, de incerteza e
até de revolta junto a seus funcionários.
Portanto, Presidente, eu venho aqui de forma bem
ampla, aberta e explícita dizer que concordo com a divulgação; não concordo
quando se coloca um carimbo divulgando o A, o B, o C ou o D. Concordo que o
nosso salário de Vereador seja divulgado, quanto se ganha mês a mês, todos os
nossos Cargos em Comissão, mês a mês, todos os salários daqueles que são
Conselheiros de autarquias e têm salários de R$ 40 mil, R$ 45 mil, esses
coloquem! Porque nenhum desses fez concurso público, são indicações, e nós
mesmos somos indicação da população. Agora, aquele que fez um concurso público,
eu acho que ele tem que ser respeitado de uma outra forma. E aqui eu não vou
entrar no mérito do servidor público, que muitos dizem que trabalha, ou que não
trabalha; eu sou daqueles que entendem e sabem o quanto o servidor público
trabalha. Podia falar da minha categoria, eu sou servidor público, sou
professor. Por que não se divulga a relação dos salários dos professores? O
cara trabalha 40 horas, um professor do Estado, e, quando vai se aposentar com
40 horas, lá está o salário: R$ 1.900,00 ou R$ 2.000,00, louco para ter um
penduricalho! Esse é muito baixo.
Então, serve para reflexão, para discussão, eu acho
que cada vez mais nós vamos ampliar esse assunto. Mas eu quero aqui dizer de
público do meu apoio, da minha solidariedade ao servidor público, àquele que
trabalha para dar sustentação a todos nós. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores; os assuntos próximos às eleições vão se
sucedendo. Eu escutei atentamente as denúncias do Ver. Pedro Ruas, que eu
respeito, são fundamentadas; e ouvi também o Ver. Comassetto fazendo a defesa.
Acho que isso tem que ser esclarecido, mas não vou entrar nesse debate do Grupo
Hospitalar Conceição, que está num momento que precisa atender a muita gente.
Ver. Brasinha, nós que passamos todos os dias lá no Hospital Conceição, lá no
Hospital Cristo Redentor, no Hospital da Criança, nós vemos o sofrimento
daquelas pessoas que ficam nas filas. E o Hospital Cristo Redentor, todo o
Grupo acaba sendo um desaguadouro de todos os que precisam da Saúde. Então, nós
não podemos brincar de fazer Saúde. O Governo Lula abandonou a Saúde nesses
últimos dez anos, com falta de responsabilidade, com falta de respeito à
população; e lógico que aí acaba atingindo até aqui o Grupo Hospitalar
Conceição. E, se os recursos não forem bem gastos... Os poucos recursos, que
diminuem a cada ano, Ver. João Dib, é preciso que sejam bem gastos para que se
possa atender a essa população.
Eu não posso deixar de falar de um assunto do
domingo, que é sobre os aumentos das passagens de ônibus da Região
Metropolitana. Eu vi a Ver.ª Sofia andar de ônibus quando estava como
Presidente da Câmara, andava de ônibus, fazia panfleto, gritava, reclamava. E
eu não vi a Ver.ª Sofia ir nem um dia de Porto Alegre até Canoas, de Porto
Alegre até Alvorada, até Cachoeirinha, até Gravataí. A Ver.ª Sofia precisa ter
respeito por essa população também, que trabalha em Porto Alegre, que precisa
pagar aqui em Porto Alegre. É só um registro que eu queria fazer: que não faça
política só onde interessa aos supostos eleitores da Ver.ª Sofia, ela tem que
pensar nas pessoas que fazem a riqueza da cidade de Porto Alegre, que também
são essas que vêm da Região Metropolitana, essas também pagam ônibus. As
pessoas que vêm de Canoas, de Cachoeirinha, de Alvorada, de Gravataí, de
Viamão, elas vêm para fazer uma consulta médica e pagam passagem. Então, a
Ver.ª Sofia precisa começar a se preocupar um pouquinho com essas coisas, além
do umbigo. Eu fiquei olhando a reportagem, ontem, lembrei disso e me senti na
obrigação de fazer esse registro. Vamos cuidar da população como um todo, Ver.
Luiz Braz, porque senão fica muito fácil. Agora, há pouco, nós estávamos
falando do pessoal do cinema – me parece – mas ali na UFRGS – na Universidade
Federal do Rio Grande do Sul – que, aliás, Ver. João Dib, o PT privatizou o
ensino público do Brasil. E eu quero dizer que fez bem, porque consegue pagar
menos pelas vagas do ProUni do que o gasto que eles fazem, só que abandonaram
os hospitais universitários! Eles acabaram com as escolas, onde os futuros
médicos precisam fazer o seu estágio, a sua residência, e, no Brasil, todos os
hospitais universitários foram para as cucuias. Eu espero que se façam uma
reflexão melhor, que se cuidem da saúde e espero, sinceramente, que as
denúncias que o Ver. Pedro Ruas fez aqui, que já vieram alguns esclarecimentos
– eu não os vi –, mas eu acredito muito, o Ver. Pedro Ruas tem feito denúncias
consistentes. E eu acho que, se houver má gestão, ela não difere de um lado ou
de outro. Eu acredito que, muitas vezes, há erros. Então, é bom se esclarecer,
é bom que se veja o que está acontecendo, para que a gente não faça injustiça,
mas também...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher – às 15h59min): Havendo quórum, passamos à
Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico:
Atas da 55ª, 56ª, 57ª, 58ª, 59ª, 60ª, 61ª e 62ª Sessões Ordinárias, da 12ª, 13ª
e 14ª Sessões Solenes e da 10ª, 11ª, 12ª e 13ª Sessões Extraordinárias.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADAS.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 060/12 – (Proc. nº 1617/12 – Ver. Carlos Todeschini) – requer seja o
Período de Comunicações do dia 12 de julho destinado a assinalar o transcurso
dos 42 anos da Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em votação o Requerimento nº 060/12. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 062/12 – (Proc. nº 1692/12 – Verª Maria Celeste) – requer Moção de
Apoio à aprovação dos Projetos de Lei Estadual de nos 140, 141, 142 e 143/2012,
que estabelecem nova política salarial para os servidores da Segurança Pública
do Estado do Rio Grande do Sul.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em votação o Requerimento nº 062/12.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 062/12.
O SR. ADELI SELL: Boa-tarde,
colegas; minhas senhoras e meus senhores, aqui, inclusive na presença de vários
servidores da Polícia Civil, é importante que se diga que o Governo do Estado
está fazendo um estudo sobre essa questão e amanhã deve ser votada, na
Assembleia Legislativa do Estado, a política salarial dos servidores da
Segurança Pública, em especial da Polícia Civil. Evidentemente que os projetos
ainda não estão totalmente amarrados, porque na hora pode haver emendas. Então,
que fique claro que nós estamos aqui para apoiar, evidentemente, os progressos
que houve e que deve haver na remuneração dos servidores públicos da Segurança
Pública do Rio Grande do Sul, incluídos aí também os servidores da Brigada
Militar, passando pela Polícia Civil e Susepe. E nós achamos que é fundamental
que todas as Bancadas – e todas as Bancadas que lá existem estão aqui também
representadas – tenham a grandeza e a abertura de votar as necessárias emendas
e modificações, inclusive com a Mensagem Retificativa que está sendo feita pelo
Governo do Estado, para que tenhamos a melhor condição de trabalho da nossa
Segurança Pública no Estado. É por isso que nós apoiamos e sempre estamos
tentando levantar aqui a questão de que a votação se dá, às vezes, no plenário,
com as modificações necessárias; espero que todos colaborem com o serviço de
Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Obrigado, Ver. Adeli Sell.
Em votação o Requerimento nº 062/12. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0711/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 059/12, de autoria do
Ver. Professor Garcia, que
inclui a efeméride Semana Municipal do Bairro Mário Quintana no Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de
2010 – que institui o Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do
Município de Porto Alegre e organiza e revoga legislação sobre o tema –, e
alterações posteriores, realizada de 16 a 22 de dezembro.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 02-07-12.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o PLL nº 059/12. (Pausa.) Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação o PLL nº 059/12.
(Pausa.)
O Ver. Tarciso Flecha Negra está
com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 059/12.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Boa-tarde, Sr. Presidente, Vereadoras e Vereadores, todos que nos
assistem. Eu não poderia deixar de vir aqui saudar o pessoal do Mário Quintana
e também o Professor Garcia, pela feliz iniciativa. E quero dizer ao pessoal do
Mário Quintana, esse Bairro que eu frequento – ontem estive lá, com o pessoal e
suas famílias, numa festa maravilhosa: Parabéns pelo que vocês fazem, por essa
inclusão da criança, do adolescente, sem ajuda, na segunda região mais carente
da nossa Cidade. Tu e a tua família despendem a noite em prol dessa comunidade,
para formar o cidadão, coisa importante para a nossa Cidade. Então, tu vais ter
sempre o apoio deste Vereador e da nossa Bancada, formada também pelos
Vereadores Tessaro e Bernardino, por essa iniciativa maravilhosa. É uma pena
que muitos não tenham conhecimento disso em nossa Cidade, pois poderiam ajudar
mais. Porque são bairros que precisam de todos nós e de pessoas como vocês.
Isso é importante para a nossa Cidade. Muitas vezes isso passa despercebido,
passa ao longe. Mas quando eu falo na inclusão social da criança, do
adolescente, do jovem através da educação, do esporte, da cultura e do lazer,
com toda a sinceridade, eu falo com o coração, por ter vindo de um bairro como
o de vocês e por ter nesse bairro pessoas que se preocupam com o cidadão. Assim
foi comigo no meu bairro e hoje eu estou aqui, simplesmente por vocês e por
esse voto de confiança que vocês me deram.
Então, deste Ver. Tarciso Flecha Negra vocês terão sempre o apoio, sempre o
“sim”, porque eu acho que não é o momento de bandeiras políticas; é o momento
de formação da nossa Porto Alegre, de ter uma Porto Alegre mais humana, de uma
Porto Alegre com mais disciplina, de uma Porto Alegre com pouca violência. E o
que tu fazes, o que a tua família faz é importante. É com esse pouquinho que
cada um faz em seu bairro que a gente vai ter uma grande Porto Alegre.
Parabéns, mais uma vez, para o bairro Mário Quintana, para todos.
Ontem, eu estive no
Mário Quintana, foi uma festa linda com as crianças da creche que a tua filha
cuida. Parabéns também para ela e parabéns para o Garcia por esta iniciativa.
Acho que este é um momento para esquecermos bandeiras e nos unirmos para o bem
comum de toda Porto Alegre, de todas as nossas crianças, e eu vou estar sempre
aqui dando um “sim” para aquilo que for para as nossas crianças, aquilo que for
para o nosso jovem, para o nosso adolescente, para que tenham uma Porto Alegre
digna, sem violência e com oportunidades iguais para todos. Obrigado,
Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver.
Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 059/12.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, vou ser sucinto até porque havíamos combinado não
discutir a matéria. Vou fazer um rápido retrospecto da questão do bairro Mário
Quintana para a compreensão de todos. O bairro Mário Quintana foi denominado
por meio de uma eleição - é o único bairro em Porto Alegre denominado por meio
de eleição -, no dia 15 de novembro de 1997, e os moradores que escolheram o
nome do bairro como Mário Quintana, com 75% dos votos populares, em homenagem
ao nosso grande poeta. O bairro Mário Quintana é compreendido pelas vilas
Chácara da Fumaça, Valneri Antunes, Safira Velha, Safira Nova, Batista Flores,
Wenceslau Fontoura, Timbaúva e Passo Dorneles, constituídas, na sua maioria,
por pessoas oriundas do Interior do Estado e de reassentamos da Prefeitura
Municipal. O Bairro tem, ainda, uma importante área formada pelo Parque Chico
Mendes. A luta por melhorias e a capacidade organizativa formaram a identidade
dos moradores do bairro Mário Quintana. Legalmente,o Bairro foi fundado em 22
de dezembro de 1998, por meio da Lei nº 8.258, e, a partir de 1999, passou a
ter seu aniversário comemorado por meio de atividades recreativas,
educacionais, culturais e religiosas, organizadas por associações de moradores,
escolas, clubes de mães, lares de crianças especiais, cooperativas,
organizações não governamentais e pela Comissão de Cultura da Região Nordeste,
culminando na Semana do Bairro Mário Quintana.
Quero dizer que foi a
Comissão de Cultura que trouxe o Projeto. Vejo aqui o Renato, grande
incentivador, com outras pessoas.
E, neste ano, de
2012, será comemorado o 14º ano da Semana do Bairro Mário Quintana, que,
juntamente com os conselheiros do Orçamento Participativo, solicitou, por meio
deste Projeto, a sua inclusão no Calendário de Datas Comemorativas. Deverá ser
comemorada anualmente, de 16 a 22 de dezembro, razão pela qual está sendo
apresentado este Projeto de Lei.
Colegas Vereadores,
solicitamos a compreensão de todos para votarem favoravelmente ao Projeto, mas
gostaríamos também, cada vez que houver um evento naquela comunidade, que façam
a sua inserção, para que vocês vejam o poder de organização das diversas
entidades lá representadas. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver.
Engenheiro Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº
059/12.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Obrigado, Sr.
Presidente. Prezado Ver. Professor Garcia, quero fazer um cumprimento em nome
da nossa Bancada, em meu nome e dos Vereadores Adeli Sell, Carlos Todeschini,
Sofia Cavedon, Maria Celeste, Mauro Pinheiro; em nome do Ver. Toni Proença, do
PPL; do Ver. Airto Ferronato, do PSB; do Ver. Tessaro e do Tarciso Flecha, do
PSD, bem como do PSDB, do nosso querido dentista Ver. Mario Manfro; do PPS, que
também atua muito forte na Região, Paulinho Rubem Berta; do Ver. João Antonio
Dib; do Ver. Waldir Canal; do Ver. Brasinha, que vai já levar o seu caminhão
para fazer a festa de um ano que esse evento do bairro Mário Quintana pertence
ao Calendário Oficial. Então, cumprimento as lideranças aqui presentes. O Professor
Garcia usa uma expressão nesta Casa, dizendo que muitas vezes as pequenas ações
perante os grandes problemas que a Cidade tem são muito importantes e
relevantes para aquelas comunidades. Neste caso, é a comunidade Mário Quintana,
que vem lutando há muito tempo e é uma das comunidades que ainda apresenta uma
grande carência na sua estrutura urbana, pois lá há a Quadra 159, a Quadra 161,
e tantas outras naquela região toda que era da antiga Predial Agrícola, que
foi, há décadas, ocupada pela população. Há os projetos novos de urbanização
que ali estão acontecendo, a sua estrutura com a Fapa ali ao lado do Mário
Quintana; as escolas, a Victor Issler e a do nosso saudoso Vereador aqui desta
Casa, Valneri Antunes. Nesse sentido é que eu quero dizer que o Valneri Antunes
foi um Vereador que lutou muito pela Cidade, pela regularização fundiária; e o
Ver. Professor Garcia, quando aqui traz, também faz uma homenagem ao Valneri
Antunes.
Em nome da minha Bancada, votaremos favoravelmente,
mas temos o compromisso principalmente com o tema da regularização fundiária de
toda aquela região, de fazer com que a infraestrutura urbana chegue ao bairro
Mário Quintana, naquelas áreas ainda não urbanizadas. E uma comunidade que não
tem água, que não tem luz, que não tem esgoto, que não tem creche, fica aquém
daquilo que nós queremos como cidadania. Portanto, queremos dizer que isso é
positivo. Com o bairro Mário Quintana entrando no Calendário Oficial, poderemos
comemorar tudo de bom que já foi conquistado e, ao mesmo tempo, reafirmar o
compromisso para as outras conquistas que ainda precisam ser feitas. Um grande
abraço, muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Não havendo mais quem queira encaminhar, em votação o PLL nº 059/12. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher – às 16h16min): Encerrada a Ordem do Dia.
Passamos às
O Ver. Nelcir Tessaro
está com a palavra em Comunicações.
O SR. NELCIR TESSARO: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste, ocupo esta tribuna, no
período de Comunicação no dia de hoje, para falar sobre os problemas que nós
vimos, no final de semana, referentes à chuva em Porto Alegre.
Muitos
porto-alegrenses podem dizer que tem chovido muito e que, então, o problema
causado na Cidade, como o grande congestionamento que houve, seja devido ao
grande volume de chuvas. Mas eu entendo que uma Cidade deva estar preparada
para a seca como para as chuvas, e preparada no sentido de proteger a sua
população, independente das situações climáticas.
O Sr. Carlos Todeschini: V. Exa.
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador Tessaro, cumprimento-o
pela manifestação, porque, na sexta-feira mesmo, examinávamos conjuntamente o
tema e isso já está anunciado aqui por nós, nesta tribuna, há bastante tempo: o
DEP não está fazendo a sua parte! Não em função dos funcionários, que são
excelentes, que sabem o que fazer, mas por algumas coisas muito estranhas que
estão acontecendo no DEP. É inexplicável o porquê de os contratos não estarem
nas zonais e estarem nas mãos de uma pessoa. E há mais contratos do que todos
os tempos, mas as redes e as bocas de lobo estão completamente obstruídas. Há
um estranhamento nisso e, no final de tarde, levei uma hora e meia para chegar
da Av. Assis Brasil até o Centro da Cidade, porque, ali embaixo da ponte do
Guaíba, a Casa de Bombas que serve o Trensurb queimou em função da sobrecarga,
da não operação das demais bombas do DEP.
O SR. NELCIR TESSARO: Obrigado pela
contribuição, Ver. Todeschini.
Eu quero dizer que, no sábado, fui fazer uma visita
embaixo da ponte do Guaíba, porque todas as vezes que eu passo de carro e paro
ali, dou uma olhada logo abaixo, ao lado dos trilhos do Trensurb. E qualquer
cidadão comum que passar ali e olhar aquilo vai ter medo de andar de trem
naquele local, devido ao tamanho do depósito de lixo ao lado das pistas, no
trilho dos trens. Quando esse lixo não é retirado dali, vem a chuva e leva o
lixo para os trilhos do trem. E foi isso que ocorreu, pela falta de limpeza do
entorno dos trilhos, embaixo da nossa ponte do Guaíba, que estava lotado de lixo
abandonado. E, lamentavelmente, aquele não era o único problema.
Nós tivemos, novamente, um grande problema na Rua
Dona Margarida, e as pessoas não conseguiam acessar a Cidade devido ao
alagamento. E essa rua já sofreu a intervenção municipal para eliminar os
alagamentos. E o que acontece? Os lixos que não são retirados ficam ali e
acabam indo para as bocas de lobo.
E hoje o que acontece? Nós temos os contêineres
para o lixo orgânico, mas onde não tem contêiner, ou próximo de onde tem, a
população, não tendo outro local para o lixo reciclável, deixa as sacolas pelo
chão. Só que a cada chuva, esse lixo sai boiando, é natural.
Então, não adianta prepararmos uma Prefeitura,
prepararmos uma Secretaria, para apenas um tipo de lixo desta Cidade. Aliás,
sexta-feira haverá uma grande licitação, pois agora há uma empresa contratada
emergencialmente, em substituição a anterior, que estava com problemas na
execução do contrato.
Portanto, é bom que a gente acompanhe essa
licitação, para vermos o que está sendo contratado, de que forma, quantos
contêineres, onde ficarão, porque não são só as pessoas que moram no Centro da
Cidade, ou das avenidas principais, que têm direito a ter os contêineres. Todo
o cidadão porto-alegrense tem direito a uma coleta eficaz do lixo para evitar
os problemas que aconteceram na sexta-feira. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Carlos Todeschini assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver.
Carlos Todeschini, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, quero agradecer ao meu
querido amigo, Ver. DJ Cassiá, que me permitiu falar.
Eu venho a esta
tribuna, Ver. Nelcir Tessaro, dizer que eu não enxergo como o senhor, e vejo as
coisas bem diferentes do que V. Exa. vê. Por quê? Estranhamente, o Ver. Nelcir
Tessaro fazia parte do lado de cá e defendia o Governo, e agora ele acha os
defeitos, acha os defeitos onde quase nem transitam pessoas, aí vai lá olhar.
Ver. Elói Guimarães, nós sabemos que, realmente, a cidade é grande, e também
sabemos do bom trabalho que o Sr. Vicente, do DMLU, faz, só não vê quem não
quer! Só quem só sabe olhar o foco do lixo, onde é tradicional, onde o cara
deixa uma vez e vira um foco sempre. Vocês têm que ter coragem de cobrar da
população e dizer que vai mandar a fiscalização lá para autuar quem bota lixo
na hora que não é a certa. Eu faço, não me interessa se não vão votar em mim;
mas eu faço, porque vou lá e cobro, faço parceria com a comunidade, com as
pessoas que têm dia e hora certa de retirar o lixo. Não adianta: tiram o lixo,
daí a uma hora tem retroescavadeiras, tem caminhões, tem pessoas trabalhando
ali, tirando o lixo; pode ficar ali que, dez minutos depois, está cheio de
lixo. E aí é a Prefeitura que é ruim, é o Prefeito que é ruim, é o Secretário
que não trabalha! Olha, só não enxerga quem não quer... Quem anda nesta Cidade
todos os dias, todo mundo sabe onde transita, sabe que os órgãos estão
trabalhando bem. E aí por que vocês não vão lá onde está acontecendo o
problema, na hora que estão retirando o lixo, e falam para a comunidade: não é
hora de botar lixo aí. Por que vocês não fazem isso? Por que não denunciam,
dizendo “aquele cidadão, do carro tal, com tal placa, largou o lixo”. Por que
não fazem? Têm medo de perder o voto! Tem que ser Vereador que olha dos dois
lados, Vereador! Não só cobrar do Poder Público, mas também cobrar do cidadão,
que também faz errado. Isso, sim! Tem que ter coragem, coragem para ser “galo”,
bater na mesa e denunciar também. Tem que denunciar! Eu não acredito nessas
coisas que tanto falam. Por que não foram ali na Av. Goethe? Por que não foram
na Av. Cristóvão Colombo? Por que não vão olhar? Só vão onde tem o problema.
Claro que foi uma chuva muito grande. E aí, os “ministros das trevas” chegam e
vão resolver tudo. Resolvam, quero ver! Tiveram todo o tempo para resolver!
Tiveram tanto tempo trabalhando e não resolveram, e agora vêm dizer que vão
resolver. Não resolvem, nunca.
Agora, saindo do assunto do lixo, eu gostaria de
falar, Ver. Paulinho Rubem Berta, dos amigos que trabalham pela Cidade. O Ver.
Professor Garcia falou que está há 11 anos aqui e a porta do seu gabinete está
sempre aberta. Eu estou há sete anos, vai fazer oito, e nunca fechei a porta do
meu gabinete. O meu gabinete está sempre aberto quando eu estou ali, e na minha
peça também não tem porta. Não quero porta, nunca quis. Eu não gosto de
injustiça, eu não gosto de mentira, eu não gosto de pessoas que ficam mentindo,
que estão de um lado, mas, quando vão para o outro, começam a mentir. Eu não
sou assim, eu defendo os meus amigos, que sei que trabalham e fazem, e vou
continuar defendendo o senhor, Ver. Nelcir Tessaro, que trabalhou muito bem lá
no DEMHAB. Sei que o senhor fez bastante pela Cidade, mas também estava deste
lado; agora, o senhor está enxergando os problemas do outro lado. Por que o
senhor não enxergava antes? Eu fico chateado com o senhor por isso.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Mauro Zacher.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: Sr. Presidente, Ver. Carlos Todeschini, vivemos um momento importante da
democracia, quando ingressamos em campanha política. Agora, é preciso que
tenhamos cuidado no que diz respeito às proibições, das mais diferentes formas,
inclusive nesta tribuna. É preciso que nos atenhamos aos permissivos da lei sob
pena da própria TVCâmara ser retirada da comunicação. Então, os cuidados aqui
da tribuna devem ser redobrados.
Pretendo, rapidamente, dizer desta questão ligada à
transparência, a chamada publicização dos salários, uma questão que eu diria,
Ver. João Antonio Dib, um tanto complexa. Está havendo iniciativas, no Brasil,
de sindicatos, como é o caso aqui do Simpa, obtendo liminar pela não
publicização, publicação dos salários, e, pelo Brasil afora, está havendo uma
discussão, com base na Constituição, estão sendo colocadas questões que tornam
a matéria de grande complexidade.
Eu acho que os controles que deve haver, na minha
opinião e vou ser claro aqui, não deveriam se aprofundar nessa ordem, porque há
assegurado, na própria Constituição, o direito subjetivo à informação do setor
público. Por exemplo, alguém quer saber o que percebe este Vereador ou o
Vereador A, B, ou C: formula um Requerimento e tem atendida essa necessidade.
Agora expor, como está sendo feito, os salários com o nome das pessoas, gente,
pode colocar em risco... E pode criar situações as mais complicadas, a ponto de
comprometer a própria intimidade, os próprios direitos assentados na
Constituição. Então, em muitas situações, nós devemos assistir a conflitos de
direito; o meu direito, as minhas prerrogativas contra o direito daquele que
quer saber o salário desta ou daquela pessoa. É uma matéria complexa, não dá
para entrar nesse oba-oba. Esses oba-obas que se ouvem e se veem ali e acolá
nem sempre são dignos da credibilidade nesse sentido. Portanto, há que tomarmos
cuidado quando decisões passamos a tomar; é que, ao invés de se assegurar a
democracia, se estará criando um verdadeiro regime nazifascista – sim,
nazifascista! –, porque a liberdade de um cidadão termina quando começa a do
outro.
Então, parece-me que este é um assunto que deverá
ser debatido. Os tribunais já estão recebendo as postulações, e é preciso que
se tenha cuidado com essa matéria. Não vou afirmar que seja contra que se
exponham os salários; agora, tem que haver critério, não pode ser da forma como
está sendo.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Carlos Todeschini): O Ver. Dr. Goulart está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) Ausente.
O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra em
Comunicações.
O SR. PAULINHO
RUBEM BERTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, todos os que nos
assistem, todos os presentes nas galerias. Ver. Alceu Brasinha, o senhor veio
até esta tribuna falar, já na continuidade de alguns discursos, de colocações
de alguns Vereadores, sobre a questão do lixo. Acho que a cidade de Porto
Alegre é responsável pelo recolhimento do lixo, mas também é responsável a
própria população. Quando a gente não cuida da casa da gente, ela enche de
mosca, não é verdade? Então, acho o seguinte: tanto o Poder Municipal quanto a
população e todas as pessoas de bem desta Cidade têm que trabalhar com um único
intuito, não somente fazendo a crítica pela crítica: de que alguém não fez,
alguém deixou de fazer, alguém tinha que fazer. Não, quem tem que fazer somos
nós, que somos homens públicos e que detemos responsabilidade! Toda vez em que
jogamos a responsabilidade na condução da administração da cidade de Porto
Alegre, estamos sendo omissos, não estamos cumprindo com o nosso papel, nem
merecendo o salário que ganhamos, porque, no momento em que eu acho que a
mulher do vizinho sempre é mais bonita do que a minha, eu perdi a oportunidade
de ter conquistado a mulher do vizinho. Essa é a grande verdade!
Então, a cidade de Porto Alegre precisa encarar a
situação da seguinte forma: na sexta-feira, por exemplo – e não sou eu que
estou dizendo, os grandes jornais desta Cidade, os meteorologistas disseram
isso –, choveu a quantidade equivalente a dez dias. Choveu tudo isso em um dia!
E, se há uma sacola de lixo, com esse volume de água, só pode parar na boca de
um bueiro, ou no riacho Ipiranga, ou dentro da minha casa, entupindo os
esgotos.
Então, vamos fazer a coisa certa. Primeiro, vamos
exigir do Poder Municipal que faça campanhas elucidativas, educando aquela
parte da população que não presta atenção e jamais parou para pensar que uma
sacola de lixo pode acarretar um alagamento na sua própria casa ou na casa dos
que moram em locais mais baixos.
Ver. Alceu Brasinha, o senhor foi muito feliz, mas
não podemos achar que tudo que acontece é de responsabilidade ou da Presidente
Dilma, ou do Governador Tarso, ou do Prefeito José Fortunati! Nós também temos
que ter as nossas responsabilidades. Se eu não educar os meus filhos, qual a
moral que tenho para cobrar deles depois, ou sair do meu pátio, da minha
residência, e cobrar das pessoas? Mas isto é uma coisa que nós, aqui, temos que
exigir: campanhas educativas nesse sentido, e não perder tempo com crítica só
por crítica.
Mas passarei para um outro assunto. Quero fazer um
apelo ao senhor, Ver. Alceu Brasinha, e ao Ver. João Antonio Dib. Ver. João
Antonio Dib, este Vereador, que o senhor conhece há quase quatro anos, que vem
da periferia de Porto Alegre - com muito orgulho -, do bairro Rubem Berta, faz
um apelo ao senhor e ao Ver. Alceu Brasinha, que é do Partido dele: que a SMOV,
o Secretário Adriano, faça para nós aquela passarela – é simples, é só um
canteiro, o projeto já está feito e entregue – em frente à creche Negrinho do
Pastoreio. Quero dizer o seguinte: tomara Deus, papai do Céu que não deixe
alguém, nenhuma uma criança morrer lá. Já é a terceira vez que venho a este
microfone fazer um apelo. Sem crítica, mas sim um apelo para que se economize,
para que se poupe, que se preservem vidas lá, Ver. Alceu Brasinha! Estamos em
período eleitoral? Estamos, e daí? A Cidade parou?
A EPTC foi lá, a pedido deste Vereador e da
comunidade, que é o que nós respeitamos, e fez todo o emplacamento, demarcação,
com placa de Pare, botou quebra-molas, botou tudo... Chegou na SMOV, já mais
quase 90 dias, e parou! Está lá engavetado, e lá o pessoal nos cobrando. Estou
fazendo um apelo aqui ao nosso Secretário Adriano, um homem muito organizado,
competente, conhecedor daquela região, conhecedor da cidade de Porto Alegre,
conhecedor dessa necessidade. Será que eu vou ter que filmar e vir apresentar
aqui? São seis linhas de ônibus passando em frente! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra, por
cedência de tempo do Ver. Pedro Ruas.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Eu também queria entrar na questão do lixo da nossa
Cidade, pois me parece no mínimo equivocado dizer que a culpa é apenas do povo,
quando a Prefeitura desmontou o que havia de educação ambiental na Cidade de
Porto Alegre. Não existe nenhum projeto integrado transversal entre as
Secretarias da Cidade - com a SMAM, o DEP, o DMLU e a SMED - sobre a
necessidade da separação do lixo em Porto Alegre.
O Sr. Paulinho
Rubem Berta: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Vereadora, quero
lhe agradecer pelo aparte e dizer o seguinte: se foi à minha fala que a senhora
se referiu, de que eu estava culpando só o povo, não foi isso que eu disse, aí
estariam sendo colocadas algumas palavras na minha boca. O que eu disse foi o
seguinte: que a Prefeitura Municipal de Porto Alegre tem que fazer a parte
dela, com campanhas educativas para disciplinar - ainda fui bem específico -
aqueles que não fazem isso, e também a própria população deve cooperar, também
cuidando a questão do lixo. Eu acho que preservar é uma obrigação tanto do
Poder Público quanto da população, porque isso não traz lucro para ninguém, a
não ser àqueles que querem tirar lucro político e, muitas vezes, a desgraça das
pessoas. Então, quero dizer à senhora o seguinte: o que eu me referi é a uma
campanha educativa do lixo, pedindo que a Prefeitura faça a sua parte e a
população faça a dela; e eu, como cidadão, pai e chefe de família, faço a
minha. Obrigado.
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Pois bem, Vereador, o fato é que a Prefeitura não
faz a sua parte, e não existe projeto de educação ambiental porque foi
desmontado pelo DMLU. Portanto, muitas vezes, o lixo acaba no arroio, o lixo
acaba no meio da via, como nós vimos em vários bairros da Zona Sul da nossa
cidade, no morro Santa Teresa, porque o DMLU foi desmontado pela Prefeitura
Municipal de Porto Alegre, foi terceirizado. Inclusive, Ver. Paulinho Rubem
Berta, a Delta, que tem relações com o Carlinhos Cachoeira, que recebeu R$ 50
milhões da Prefeitura de Porto Alegre, uma das terceirizadas na nossa Cidade,
não trabalha com caminhões especiais como tinha o DMLU antes de ser privatizado
e terceirizado. É verdade que a terceirização não começou no Governo
Fogaça/Fortunati, começou lá no Governo do PT. Mas não importa quem é o
responsável, o jogo de empurra não serve quando estamos falando de algo muito
sério.
Eu não me referi, especificamente, ao discurso de
V. Exa., mas já estou cansada de ouvir, na Câmara de Vereadores, que a culpa,
quando chove e entope tudo, é só do povo da cidade de Porto Alegre, e não da
falta de política pública da própria Prefeitura em ter educação ambiental, em
fazer um plano integrado de resíduos sólidos.
Porto Alegre tem cinco empresas terceirizadas que
fazem a coleta do lixo, como a Freitas, a Delta, a Construrban, e não existe um
plano, um planejamento global para a coleta do lixo. Até mesmo os contêineres
existem em apenas 13 bairros de Porto Alegre. Na Grande Porto Alegre, ou na
totalidade da nossa Cidade, não há política de separação específica do lixo
orgânico nos contêineres, como existe em apenas 13 bairros de Porto Alegre. E
mais: a terceirizada não tem gari, os resíduos que sobram nos contêineres quem
coleta são os operários da Prefeitura, que, pasmem, ganham um salário mínimo de
salário básico, conquista da última greve, porque a Prefeitura desrespeita os
seus trabalhadores, porque a Prefeitura paga mal aqueles que garantem um pouco
de política que se tem na nossa Cidade em relação ao lixo.
Nós estamos vendo que essa precarização e
terceirização dos serviços só piorou, e piorou para a população. Lembro bem, eu
e o Ver. Adeli sempre viemos aqui todos os anos... Todos finais de ano, Porto
Alegre está um lixo, porque há crise na coleta. Nós cansamos de vir a esta
tribuna falar que Porto Alegre está mais suja, cansamos de vir aqui alertar,
cobrar o papel do Legislativo. O papel do Legislativo é fiscalizar o Executivo.
Não é possível que, em contratos milionários envolvendo a questão do lixo na
nossa Cidade, a coleta seja tão terceirizada.
Nós não podemos aceitar a lógica de que todos os
serviços sejam terceirizados ou boa parte dos serviços seja terceirizada na
Cidade. Sempre lembro que a terceirização é a porta aberta à corrupção. Foi
assim no caso Sollus, foi a terceirização do Programa de Saúde da Família que
abriu a porta à corrupção na cidade de Porto Alegre. Algo tão sério, como a
questão da coleta do lixo, tem que ser respeitada. Além disso, nós temos 16
galpões de reciclagem na cidade de Porto Alegre, e os catadores estão, há
quatro anos, sem aumento das verbas repassadas para pagar energia, para pagar
água, para pagar prensa, ao mesmo tempo em que deveriam ser sujeitos de uma
política de educação ambiental, inclusive da melhoria da coleta seletiva: só
15% do lixo de Porto Alegre está sendo separado. Os catadores são agentes
fundamentais na construção de uma Cidade mais limpa, que recicle o seu lixo e
valorize mais o meio ambiente.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma
Questão de Ordem.
O SR. ALCEU
BRASINHA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, vou fazer um Requerimento por
escrito. O Dr. Goulart me cedeu o seu tempo em Comunicações, V. Exa. o chamou -
ele não estava - e disse que eu não poderia usar o tempo do Ver. Dr. Goulart.
Eu gostaria que V. Exa. me desse por escrito, onde consta no Regimento que o
tempo não pode ser usado. Se está em período de Comunicações, pode ser usado.
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Eu lhe esclareço, Ver. Brasinha. Foi chamado, pela
ordem, o direito à manifestação em Comunicações do Ver. Dr. Goulart. Ele estava
ausente, ninguém solicitou a transferência de tempo; portanto, nós passamos ao
próximo. Se o senhor quiser fazer o Requerimento, o senhor que faça por escrito
à Mesa, que examinaremos no momento oportuno.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Eu quero saber por que isso é para mim? Quantas vezes já aconteceu isso
nesta Casa, inclusive com V. Exa. várias vezes. Vossa Excelência está sendo
muito autoritário. É só comigo isso?
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Assunto encerrado. A Questão de Ordem já está
resolvida e encaminhada. V. Exa. faça o Requerimento por escrito.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Kevin Krieger.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, um guru indiano
dizia: “Simplifica, meu filho, simplifica”. E nós esquecemos, de vez em quando,
de simplificar. O Ver. Brasinha fez aí uma Questão de Ordem, ele poderia ter
pedido ao Líder, e o Líder concederia o tempo do Ver. Dr. Goulart, mas ele não
fez isso, então perdeu a oportunidade.
Mas, Sr. Presidente, eu já fui muitas coisas na
Prefeitura, mas nunca fui do DEP, nunca. Eu fui assessor e engenheiro de um dos
grandes Prefeitos que esta Cidade teve, Telmo Thompson Flores, quando se criou
um plano de esgotamento pluvial para esta Cidade, e, a partir desse plano, as
coisas foram acontecendo. Agora eu vejo algumas reclamações que não consigo
entender, como dizer, por exemplo, que a chuva de sexta-feira foi uma chuva
fraca. Na manhã em que choveu, choveu tanto que realmente alguns equipamentos
não funcionaram devidamente, e o Trensurb deixou de fazer a ligação da Estação
Farrapos com o Centro da Cidade. O DEMHAB foi lá ajudar. O Trensurb colocou as
suas equipes, tentando equacionar e resolver o problema. Agora, a Cidade
recebeu muito em matéria de pluvial: lugares que alagavam não alagaram mais. E
Vossa Excelência, Presidente, foi Diretor do DEP e sabe que alagava também
naquela época, mais do que hoje, com chuvas menores do que as que ocorreram
nesse fim de semana, mas agora nós reclamamos... Na verdade, quando foi dito
aqui que não é a Administração que tem culpa dos alagamentos, da colocação de
lixo; quando nós vamos à tribuna e criticamos o Departamento Municipal de
Limpeza Urbana, esquecemos de conscientizar as pessoas para que não coloquem
lixo. Quando eu fui Prefeito, o DEP tinha uma campanha: “Menos lixo nos bueiros
igual a menos alagamento”. Isso a população recebia bem. Agora, nós vemos a
população jogando lixo e nós culpamos o Departamento Municipal de Limpeza
Urbana.
O Sr.
Engenheiro Comassetto: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Ver. João Antonio Dib, há mais ou menos 25 dias, fiz um pronunciamento
dessa tribuna dizendo – inclusive dialoguei com V. Exa. naquele debate – que a
próxima chuva que houvesse, de média intensidade, alagaria vários pontos da
Cidade. Quinta, sexta e sábado caiu uma chuva fina e com bastante espaçamento.
E, sexta-feira de manhã, aqui, após o debate, havia 15 pontos de alagamento na
Cidade. Eu quero registrar novamente que não está acontecendo a limpeza das
bocas de lobo: de cada dez bocas de lobo, nós temos seis entupidas. Está
faltando fiscalização do DEP, porque as empresas estão sendo contratadas. Eu
queria fazer este registro novamente, e o DEP tem que prestar contas à Cidade.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Eu sou grato pelo aparte de Vossa Excelência, que concluiu da mesma
forma que eu. O DEP fez uma campanha quando eu fui Prefeito, para ter menos
lixo nos bueiros, que é igual a menos alagamentos. Eu juro que o DEP não
colocou o lixo e nem o DMLU! Eu juro, afirmo! Agora, se nós passamos apenas a
criticar, não tem por que, os Vereadores estão dizendo que o Departamento de
Limpeza Urbana tem que limpar! E eu posso sujar! Nos países mais civilizados,
as coisas não são assim. Se eu jogar um papel no chão, alguém me chama atenção!
Agora, aqui nós podemos fazer o que queremos, porque vamos ali na tribuna e
dizemos que o Departamento de Limpeza é o culpado, que o Prefeito é o culpado!
Nunca nós vamos dizer para o nosso cocidadão: cuida da Cidade que ela é tua
também, não é só minha! Não sou eu o único que tem responsabilidade, cada um de
nós tem responsabilidade por esta Cidade! E nós temos que cuidar dela. Eu não
vou criticar o passado, Ver. Todeschini, por eu seria capaz de fazer isso, mas
não vou fazer. Eu deixo apenas dizendo que nós temos que cuidar da Cidade,
porque todos nós temos responsabilidade. Sou grato, Sr. Presidente!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
É Questão de Ordem, Ver. Brasinha?
O
SR. ALCEU BRASINHA (Requerimento): Sr.
Presidente, solicito verificação de quórum. Solicito que seja nominal.
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O.k.,
após a manifestação do Vereador que está na tribuna.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Não, senhor, antes! Não, senhor, antes! Não, senhor, antes!
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Quem decide aqui é a Mesa.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Não, senhor! O senhor não decide, porque...
(Som cortado,
conforme determinação da presidência dos trabalhos.)
O SR. NELCIR
TESSARO: Sr. Presidente, apenas para atender o Ver. Brasinha, neste momento nós
estamos com 14 Vereadores em plenário. Eu vou citar o nome dos Vereadores
presentes, vou perder um pouco do meu tempo: Ver. Brasinha, Ver. DJ Cassiá,
Ver. Tarciso, Ver. Todeschini, Ver. Toni Proença, Ver. Haroldo de Souza, Ver.
João Bosco, Ver. Márcio Bins Ely, Ver. Dr. Thiago, Ver. João Antonio Dib, Ver.
Comassetto, Ver.ª Fernanda, Ver. Pedro Ruas, Ver. Adeli Sell, Ver. Paulinho.
São 17 Vereadores em plenário, contando com este Vereador e o
Vereador-Presidente. Então, nós temos quórum. Eu não entendi o porquê do pedido
de verificação de quórum.
Nós estamos aqui, numa segunda-feira, são 16h51min,
para falar sobre os problemas da Cidade. Eu não sei por que, quando se fala dos
problemas que ocorrem na Cidade, as pessoas não querem deixar os outros
falarem, querem tirar o quórum! Eu não sei o porquê disso!
Quero falar de um outro problema na Cidade, que não
é uma crítica, não é fazer oposição, é fazer sugestões do que se pode melhorar
na Cidade. Há três, quatro anos há um problema crônico no Condomínio Santa
Teresinha. Nós precisamos colocar mais contêineres ali, porque o DMLU só retira
uma vez por dia, mas terá que recolher até duas vezes, porque os contêineres
transbordam com as sobras da reciclagem. Há necessidade de uma atenção maior do
DMLU, justamente naquela entrada do Condomínio Santa Teresinha, na Rua Voluntários
da Pátria, porque ali o lixo transborda na rua, então há necessidade, sim. O
que eu digo é que tem que haver mais fiscalização! O programa de educação
ambiental que existia no DMLU era muito importante, porque ensinava a população
a não jogar as sacolas de lixo na rua. Isto é importante: a educação! Não podem
encerrar um programa de educação ambiental. A Cidade sabe que isso é muito
importante! Claro que se o lixo estiver no meio da rua, vai acabar na boca de
lobo. Tem que haver outra maneira para resolver o problema. Então, no
Condomínio Santa Teresinha, o DMLU tem dar mais atenção e retirar mais rápido
os contêineres cheios dos lixos que sobram, Ver. Paulinho - ali ocorrem esses
fatos. E ocorreram, toda a Cidade viu. O Ver. Brasinha me perguntou por que não
vou ver a parte boa? Porque eu recebi telefonemas sobre os problemas. O
Vereador recebe telefonemas das pessoas que têm problemas, não recebe para
dizerem que está tudo bem em casa, que é para os visitarmos. Isso a gente faz
no final de semana, por cortesia, não é, Ver. Paulinho? As pessoas nos chamam
para verificar os problemas quando eles acontecem, como aconteceu na
sexta-feira. Isso é muito preocupante.
Para aproveitar esse tempo de liderança que o Ver.
Tarciso me cedeu, vou falar de um grande problema que ocorreu de quinta-feira
para cá, sobre a iluminação pública de Porto Alegre. Na Av. Borges de Medeiros,
da esquina da Av. Érico Veríssimo até o Centro da Cidade, 50% das lâmpadas
estão com problemas. No Centro da Cidade, ao lado da Rua Voluntários, também há
lâmpadas queimadas e não houve a substituição nesses quatro dias. Eu não sei se
está ocorrendo algum problema pela tempestade e ainda não deu tempo, mas é bom
que a fiscalização do Município esteja sempre na rua para auxiliar a população.
Eu sempre digo: o Executivo tem que estar na rua, nas ilhas, quando acontecem
os problemas das chuvas; quando a situação está toda normal, não há a
necessidade de estar na rua. Mas é isto que eu digo: sou a favor da educação
ambiental, tem de ser trabalhadíssima a educação ambiental para que as pessoas
possam, a cada dia, terem mais educação; paralelamente a isso, precisamos ter o
espaço, o contêiner, para que as pessoas que não respeitam as datas da coleta
seletiva acondicionem e depositem seu lixo seco para evitar que esses sacos
fiquem boiando nas ruas quando chove. Vamos melhorar a Cidade. Eu acho que se
não dá de uma maneira, vamos fazer de outra. Foi por isso que eu disse, Ver.
João Antonio Dib, que eu espero que essa licitação que vai ser aberta pelo DMLU
contemple um número maior de contêineres na sua contratação, para que o lixo
possa ser bem acondicionado em toda a Cidade, evitando que haja novamente um
colapso. Vamos ficar prevenidos com as enchentes, como já foi feito, quando na
construção do muro da Mauá.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. DJ
CASSIÁ: Ver. Todeschini, quero, aqui, fazer o meu protesto em relação ao
encaminhamento que a Mesa está dando a esta Sessão. Primeiro, eu sou Líder da
Bancada do PTB, comuniquei ao Ver. Brasinha que pedisse ao senhor o tempo do
Ver. Dr. Goulart, e o senhor disse: “Já passou!” Tudo bem, tudo certo. Agora, o
Regimento desta Casa é bem claro - e até posso eu não querer, o senhor não
querer ou nenhum outro colega querer: se alguém pedir verificação de quórum,
tem de ser feita a verificação de quórum. O senhor não fez. O senhor não
cumpriu o Regimento. Peço, então, que o Vice-Presidente desta Casa assuma a
presidência dos trabalhos. Por favor, peço que o Vice-Presidente desta Casa,
Ver. Haroldo de Souza, assuma a presidência dos trabalhos. O senhor não cumpriu
o Regimento!
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Regimento está sendo cumprido rigorosamente...
(Aparte antirregimental do Ver. DJ Cassiá.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Não é o senhor que vai dizer quem cumpre ou não cumpre...
Cabe fazer cumprir o Regimento a este Vereador, que está presidindo os
trabalhos. O senhor quer verificação de quórum?
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO (Requerimento): Sr. Presidente, para dirimir essa dúvida, eu peço
verificação de quórum.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O.k. Solicita,
então, agora, verificação de quórum, o Ver. Engenheiro Comassetto.
O SR. ALCEU BRASINHA:
Peço uma Questão de Ordem, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Qual é a Questão de Ordem?
O SR. ALCEU BRASINHA (Questão de Ordem): O senhor está conduzindo mal os trabalhos da Sessão. O
senhor fez que não viu... Se não tem ninguém na tribuna, tem que fazer
imediatamente a verificação de quórum. O senhor agiu mal, agiu com má intenção,
o senhor está sendo mal-intencionado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Solicito a abertura do painel eletrônico, para verificação de
quórum, solicitada pelo Ver. Comassetto. (Pausa.)
O SR. DJ
CASSIÁ: E a sua saída também.
(O Ver. Haroldo de Souza reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): (Após o fechamento do painel eletrônico.) Quinze Vereadores presentes. Há
quórum.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1043/12 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 020/12, de autoria do Ver. Newton Braga
Rosa, que concede o Diploma
Honra ao Mérito ao senhor Antônio Ramos Gomes.
PROC.
Nº 1044/12 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 021/12, de autoria do Ver. Newton Braga
Rosa, que concede a Comenda
Porto do Sol ao senhor Luiz Carlos Bohn.
PROC.
Nº 1344/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 098/12, de autoria do
Ver. Márcio Bins Ely, que
inclui as efemérides Dia Municipal do Cirurgião Vascular e Semana Municipal da
Saúde Vascular no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do
Município de Porto Alegre – Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações
posteriores –, no dia 17 de agosto e na semana que incluir esse dia,
respectivamente.
PROC.
Nº 1367/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 102/12, de autoria do
Ver. Adeli Sell, que inclui
a efeméride Dia Municipal dos Trabalhadores e das Trabalhadoras nas Indústrias
da Construção Pesada do Rio Grande do Sul no Calendário de Datas Comemorativas
e de Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº 10.904, de 31 de
maio de 2010, e alterações posteriores –, no dia 4 de maio.
PROC.
Nº 1516/12 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 036/12, de autoria do Ver. Idenir
Cecchim, que concede a
Comenda Porto do Sol à Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura –
Regional Rio Grande do Sul (AsBEA-RS).
PROC.
Nº 1045/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 079/12, de autoria do
Ver. Newton Braga Rosa, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Waldomiro Carlos Manfroi.
PROC.
Nº 1364/12 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 033/12, de autoria do Ver. Márcio Bins
Ely, que concede a Comenda
Porto do Sol ao Sindicato dos Corretores de Seguros e Resseguros, de Empresas
Corretoras de Seguros e Resseguros, Saúde, Capitalização e Previdência Privada
do Estado do Rio Grande do Sul – Sincor-RS.
PROC.
Nº 1528/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 121/12, de autoria do
Ver. José Freitas, que
inclui a efeméride Dia do Imigrante Japonês no Calendário de Datas
Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº
10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores –, no dia 18 de agosto.
PROC.
Nº 1661/12 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 033/12, que autoriza o Executivo Municipal a
abrir crédito especial no Departamento Municipal de Previdência dos Servidores
do Município de Porto Alegre (PREVIMPA), no valor de R$ 140.000,00 (cento e
quarenta mil reais).
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 0933/12 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 009/12, de autoria do
Ver. Elói Guimarães, que
renomeia o parágrafo único para § 1º e inclui § 2º no art. 2º da Lei
Complementar nº 521, de 20 de janeiro de 2005 – que dispõe sobre a atividade
varejista de produtos perigosos –, alterada pela Lei Complementar nº 597, de 3
de outubro de 2008, dispondo sobre a definição de distância entre postos de
abastecimento de veículos e os locais que especifica.
PROC.
Nº 1275/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 093/12, de autoria do
Ver. Toni Proença, que
concede o título de Cidadã Emérita de Porto Alegre à senhora Andréia Marin
Martins.
PROC.
Nº 1634/12 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 032/12, que declara de utilidade pública o
Instituto Urbis Porto Alegre – Cidadania e Participação Popular.
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Não há inscrições para discutir a Pauta. Encerrada
a discussão de Pauta.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h59min.)
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